Ela caminhou suavemente até o local onde a colcha estava coberta, puxou a colcha e se preparou para se transformar em cama.
- Meu avô notou a colcha no chão agora há pouco.- A voz de Robert soou de repente, fazendo Elisa o encarar, e ele ainda manteve aquele movimento, não se virou para ela e muito menos abriu os olhos.
Para ser honesta, Elisa não entendeu muito bem o que ele quis dizer com essa frase.
-Eu só coloco minha colcha quando vou dormir. Eu não coloquei minha colcha hoje, como minha colcha pode estar no chão?- Elisa de repente pensou nessa questão, então, Robert abriu os olhos e encarou para Elisa.
Elisa duvida seriamente que Robert tenha feito isso, como ele poderia ser tão gentil em ajudá-la a fazer sua cama?
Diante de um rosto questionador, Robert levantou-se lentamente e sentou-se na cabeceira da cama, sua expressão em seu rosto não estava nem um pouco confusa.
Seus olhos olharam ao redor da sala.
-Olhe para o quarto inteiro, são todas as suas coisas.- Elisa não pôde refutar essas palavras. - Ao invés de deixar a colcha no chão, da próxima vez, guarde em outro local, como em cima do guarda roupa. - O armário é tão alto que, se ela pudesse alcançá-lo, o teria guardado antes lá. - Meu avô nunca vai ficar de braços cruzados enquanto você dorme no chão. Se, por isso, ele disser que não seguimos as regras e insistir em negar, você arcará com as consequências.
- O que você quer dizer com isso? - Elisa perguntou. - Você não vai ficar bravo se eu dormir na cama com você? - Ela retrucou, mas antes que ele pudesse responder, ouviu passos vindo do lado de fora do quarto, será que era o avô voltando?
Elisa pegou o travesseiro com uma mão e a colcha com a outra e rapidamente se jogou na cama, e uma rajada de vento soprou, fazendo Robert fechar os olhos, e o canto dos seus lábios, fizeram um arco, ele estava feliz e sorrindo com isso, seu plano estava dando certo.
-Elisa, Robert, vocês estão dormindo?- O avô perguntou.
-Não.- Robert respondeu, e então, a porta se abriu, e Elisa, que se jogou na cama simplesmente, seu coração ainda batia rápido, e ela mergulhou nos braços de Robert, o fazendo ficar surpreso com esta atitude.
Assim que o avô abriu a porta, viu os dois dormindo na mesma cama, e estavam bem próximos, ele não conseguia esconder o sorriso em seus olhos.
- Eu não estava conseguindo dormir, por que fiquei preocupado com você, Robert, você está melhor? - A voz do avô era obviamente mais carinhosa do que jamais fora com Robert.
- Eu estou muito melhor, graças a Elisa.- Quando foi chamada pelo nome, ela teve que erguer os olhos da colcha.
-Vovô, ele está bem, é tão tarde, você deveria descansar cedo. - Elisa resolveu falar.
-Sim, vovô, temos que descansar também.- Robert também concordou.
O avô olhou para a colcha e disse: - O tempo está tão quente e vocês ainda se cobrem com duas colchas, o vovô vai ajudá-lo a tirar uma.- Elisa rapidamente olhou para Robert, e ele levantou a mão e passou em sua testa.
- Vovô está certo, eu estou morrendo de calor e suando. - E Elisa o encarou surpresa, Robert estava concordando e sendo cooperativo com John.
-John, pode deixar, eu mesma vou guardar! - Elisa tentou argumentar, mas sem sucesso.
-Mas o quarto é pequeno e não tem espaço, então, eu vou tirar e guardar em outro lugar.- O avô deu um passo à frente e agarrou a colcha, enrolou-a em uma bola e abraçou-a. - Vamos descansar cedo hoje! - O avô saiu satisfeito.
Elisa ouviu a porta fechando e caiu fracamente na cama, seu batimento cardíaco não voltou ao normal até agora.
Robert olhou de soslaio para ela, e os cantos de seus lábios não puderam deixar de subir novamente.
-Dessa vez, o vovô não vai ter nada a dizer, certo?- Elisa perguntou a Robert.
-Por enquanto não.- Robert respondeu em voz baixa, e Elisa se sentou e olhou seriamente para Robert.
- Robert, tenho que falar com você sobre como vamos dormir.
-Sim.- Robert assentiu.
-John descobriu sobre a concha que eu estava dormindo, e somente hoje, ele verificou o quarto duas vezes. Talvez ele verifique com frequência no futuro.- Robert assentiu novamente. - Além disso, a colcha também foi levada pelo vovô. Não consigo dormir no chão agora. Para que possamos passar o resto do tempo com segurança e tranquilidade,posso dormir com você?
- Pode! - Robert respondeu, deixando Elisa surpresa. Robert havia concordado tão facilmente? - Eu não quero que nada aconteça com você e acabe se tornado minha culpa! - Robert explicou, e então, Elisa pegou o travesseiro e o colocou do outro lado.
-Então eu vou dormir aqui. - Ela falou.
- Mas, não coloque o pé em mim! - Robert respondeu.
Ela afastou o travesseiro, mas o colocou na beirada da cama, e assim, ambos se deitaram de costas um para o outro, e as luzes se apagaram, e o quarto ficou em completo silêncio, apenas as respirações de cada um, uma após a outra.
Elisa não queria dividir a colcha, mas quando ela começou a adormecer, sentiu um pouco de frio, então, se virou e olhou para Robert e silenciosamente puxou uma ponta da colcha para cobri-la.
Ela se cobriu um pouco, mas ainda não passou o frio, e ela moveu o corpo lentamente para dentro da colcha, e finalmente, cobriu o corpo todo.
De repente, Robert se virou, e seus ombros colidiram, o coração de Elisa ficou nervoso por um tempo, e ela segurou a colcha com força com suas duas mãos, mas Robert apenas se virou e não fez mais nenhum movimento, então, ele ainda estava dormindo?
A distância entre os dois é muito próxima agora, quase um ao lado do outro. De repente, Robert levantou a mão e a colocou na cintura dela. Então, com um pouco de esforço, Elisa foi puxada por ele e abraçada com força.
Nesse momento, os batimentos cardíacos de Elisa pararam e todo o seu corpo estava rígido.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Por favor, Seja Minha?
Solicito a exclusao do meu livro, o mesmo é registrado... já entrei com o advogado...
Quando lança os próximos capítulos?...
Cadê a continuidade do livro?...