Resumo do capítulo CAPÍTULO 26 - NÃO POSSO PERDER VOCÊ do livro POR TE AMAR ASSIM de Ivê Mariá
Descubra os acontecimentos mais importantes de CAPÍTULO 26 - NÃO POSSO PERDER VOCÊ, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance POR TE AMAR ASSIM. Com a escrita envolvente de Ivê Mariá, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Nelson sentia o coração enlouquecido quando a empregada de Leonora abriu a porta para recebê-lo, pediu que aguardasse na sala, iria avisar Leonora, ele sentiu-se desesperado ao olhá-la, estava apaixonado por ela, só agora entendia que não poderia deixar de tentar, não viveria bem sem ela, ver a expressão abatida nela lhe doeu o coração, queria consolar aquela mulher e não deixar que sofresse!
__ Não dormi nada essa noite! __ confessou entristecido, não suportava mais ver a tristeza no rosto dela, faria qualquer coisa para aliviar o sofrimento da mulher amada.
__ Nem eu! __ ela respondeu o olhando, com vontade de chorar, seus olhos marejaram.
__ Eu era recém formado, __ respirou profundamente __ Sofia estava no segundo ano de faculdade, nossos pais eram muito amigos, mais unidos que irmãos, se conheciam desde que nasceram e nunca brigaram, se davam incrivelmente bem e sempre viajavam juntos a negócios para Minas, resolveram comprar apartamentos para ficarem quando tivessem que viajar pra lá a negócios ou por lazer, os dois odiavam hotéis, compraram apartamentos vizinhos, eu morava no de meu pai e Sofia no que tinha sido do pai dela, ele já havia morrido na época... __ Leonora o olhava atentamente, e ele já não sabia se não diria toda a verdade, nem se teria coragem para dizer tudo __ quando ela se mudou pra lá nos tornamos inseparáveis, pois já éramos amigos de infância e isso era mais que normal... __ Era tão difícil falar de tudo aquilo, protelava ao máximo, mas ela o olhava atenta, ele virou-lhe as costas e foi olhar pela janela, respirou profundamente __ eu me envolvi com uma pessoa proibida, não sei como aconteceu, pois fui criado em um sistema muito rígido, só que não consegui resistir após uma bebedeira e depois me vi preso naquele turbilhão... não conseguia controlar, era muita loucura! __ parou de falar pra conter a emoção.
__ Era Sofia? __ penalizada pelo sofrimento que aquelas lembranças lhe causavam, aproximou-se dele.
__ Não, não era! __ a olhou, lágrimas rolavam em seu rosto __ Eu não fui à festa do Emival aquela noite porque estava desesperado pra que todos saíssem pra ter a oportunidade para ficar com essa pessoa, Sofia não foi nem sei o porquê! __ tentou não chorar, mas soluços vieram __ Já me amaldiçoei por não ter ido, se tivesse ido teria conhecido você e nada daquilo teria acontecido!
__ O que aconteceu? __ agoniada acariciou lhe o rosto, o amava tanto.
__ Meus pais chegaram antes do que esperávamos! __ afastou-se dela, sentia também vergonha __ meu pai ouviu o barulho, exigiu que eu abrisse a porta! A pessoa que estava comigo saiu pela janela, disse a ele que estava sozinho mas ele não acreditou, ficou muito agitado, desconfiando de quem estava lá, meu pai era muito rígido, muito mesmo!
__ Contou a ele?
__ Não, se ele soubesse certamente teria morrido de desgosto naquela noite, a saúde dele já estava bastante abalada e ele não aceitaria! Pra meu pai tudo tinha que ser muito certo, principalmente em questão de relacionamentos, exigia respeito absoluto, acho que pelo trauma de ter sido abandonado pela mãe, rejeitado pela arrogante família dela que vive longe daqui e achavam meu avô um caipira sem qualquer valor, ele foi abandonado também pela primeira mulher dele, a mãe biológica de Celso fugiu com outro! Quando me recusei a dizer, afirmando que estava sozinho, ele ficou muito agitado, dizia que não aceitaria que um filho dele fizesse a outro o que haviam feito com ele, então passou mal e o levamos ao hospital, como já estava com a saúde muito abalada, não podia sofrer emoções fortes! __ estava transtornado, era doído demais ter que relembrar tudo aquilo e ainda ter que falar com ela, sentou-se no sofá, abaixou a cabeça, colocando-a entre as mãos __ Eu não poderia carregar essa culpa!
__ Tome! __ Leonora deu-lhe um copo com uísque, ele tomou de um só gole e devolveu-lhe o copo.
__ Eu estava desesperado, telefonei pra Sofia, ela sabia desse meu caso, contei a ela o que havia acontecido! Ela foi cedo lá em casa pra tentarmos encontrar uma solução, só que chegou quando meu pai e eu discutíamos assim que ele chegou do hospital, ele estava muito agitado! Foi quando ele falou que preferia morrer que passar aquela vergonha, um filho dele metido numa situação daquela! Foi então que Sofia entrou na sala e disse que era ela quem estava comigo! No momento não aceitei, mas ali mesmo ela me fez ver que era a única saída, jamais imaginamos o que essa mentira acarretaria!
__ Sim! __ respirou profundamente.
__ Sinto muito, meu amor! __ abraçou-o __ Não pensei que fosse algo tão trágico, seu pai exagerou um pouco, ao pesar dos traumas que sofreu, não poderia forçar você a essa situação!
__ Quando mentimos, não imaginamos que meu pai teria aquela reação, mas ele estava agindo em consideração ao grande amigo dele, o pai de Sofia! Ele disse que não aceitaria que eu a usasse como uma qualquer e dona Rafaela concordou com ele! __ a olhou __ Era o casamento sem sentido ou a verdade que poderia matar meu pai, acho que ele pensava que eu estava tendo um caso com a mulher de um dos peões, e temia por minha vida caso tudo viesse à tona...
__ Tudo bem, meu amor, agora tudo acabou, está tudo bem, não sofra mais por isso! __ o consolou agoniada, entendia que ele não quisesse tocar no assunto por não querer ser julgado e condenado, pois se sentia culpado por tudo, pelo sacrifício de Sofia, pela inimizade com o irmão, o sofrimento da mãe, ele havia convivido com tudo aquilo por anos, seu pobre amor.
__ Eu não posso perder você, Leonora, não posso! __ a abraçou desesperado.
__ Nem eu posso perder você!
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