Celso viu Sofia assim que passou pela recepção do hospital, ela andava de um lado para outro na sala de espera, mas parou olhando-o assustada.
__ Onde ela está?
__ Com os médicos!
__ O que ela estava fazendo na sua loja?
__ Passou lá, conversamos um pouco aí ela desmaiou!
__ O que fez a ela? __ agarrou-lhe os braços.
__ Nada! Já tínhamos parado de conversar, falamos amenidades, ela já estava saindo quando desmaiou então pedi pra colocarem ela no carro e a trouxe pra cá, depois telefonei pra você!
Ela ficou penalizada com o desespero dele, não sabia o que fazer, há anos não se falavam como pessoas civilizadas e menos ainda como amigos que provavelmente iriam consolar um ao outro. Ele ainda era ríspido com ela, mas dada a situação ela não teve coragem para revidar, a dor dele ainda a afetava.
Celso respirou profundamente tentando aliviar o desespero, não conseguia se acalmar, temia que a mãe não se recuperasse, e ele precisava tanto dela, ele a amava tanto que não conseguia ver sua vida sem a presença daquela mulher incrível que o havia recebido como filho de sangue, tomando com amor incondicional o lugar daquela que o havia gerado e depois abandonado com o pai quando ele ainda era um bebê.
__ É a única pessoa que eu tenho, __ falou soltando-lhe os braços, estava desesperado __ ela não pode me deixar!
__ Não vai deixar você! __ ficou penalizada, sentiu seu coração doer, aproximou-se dele, será que ele aceitaria um abraço seu? Abraçou-o.
__ Não vivo sem minha mãe! __ falou apertando-a.
__ Ela não vai morrer! Ficará boa, tenha fé! __ Sentiu o coração se encher de amor, há tanto sonhava com aquele abraço, pena que o ganhara naquelas circunstâncias __ Venha, vamos nos sentar!
Sentaram-se e ela colocou as mãos sobre as dele, ele as segurou e apertou com força olhando-a. Celso lembrou-se do irmão, soltou-lhe as mãos e colocou os cotovelos nos joelhos e a cabeça entre as mãos, sentiu que ela se sentou ainda mais perto abraçando-o, depois acariciava lhe os cabelos, se sentiu tão fortalecido naquele momento...
Algum tempo depois o médico se aproximou deles, que se levantaram aflitos.
__ Como ela está, doutor?
__ Agora está bem! Já está sendo levada para o quarto, foi uma hipotensão!
__ Está fazendo muito calor e ela saiu!
__ Menos mal que na hora não estava dirigindo e também foi trazida rapidamente, caso contrário, poderia ter sido fatal!
__ Posso ver minha mãe?
__ Pode sim! Se informe do quarto onde ela está e vá vê-la!
Celso entrou apressado no quarto, seguido por Sofia, ele beijou a mãe, depois acariciou lhe os cabelos e o rosto, estava emocionado.
__ Não devia ter saído com esse calor, mãe! __ bradou carinhoso.
__ Tinha que fazer umas coisas! __ respondeu sorrindo, a voz arrastada.
__ Descanse!
__ Celso está certo! __ Sofia aproximou-se e segurou-lhe a mão.
__ Muito obrigada, Sofia! Sabia que podia confiar em você! __ juntou as mãos dela e de Celso e as beijou __ Que Deus abençoe os dois!
Sofia e Celso olharam-se, ficaram constrangidos e se afastaram, Marília adormecera.
__ Vou embora, qualquer coisa me telefone, meu número agora está no seu celular! __ tentou rir, ficar ali tão perto de Celso, vendo ele sofrer e não poder consolar era sofrido demais __ Mais tarde minha mãe provavelmente virá aqui fazer uma visita.
__ Obrigado, Sofia!
__ Gosto de sua mãe! Quer que eu traga alguma coisa pra você? Sei que não sairá daqui sem ela!
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