PRESA COM O TRAFICANTE (MORRO) romance Capítulo 18

FLORÊNCIA NARRANDO

Se passou 1 semana desde da última vez que ele invadiu o meu quarto, o que foi muito bom esse afastamento dele na minha vida, eu não sei o porque ele sempre marca em cima, e ainda vive dizendo que eu sou a minha irmã, e eu não sou eu, eu estou cansada de falar que eu não sou minha irmã, mas a minha sorte é que a Luísa tem se mostrado bem companheira comigo, e a dona Graziela, elas sempre que vão a rua traz alguma coisa pra mim, o que é ótimo, posso não sair lá fora, mas elas sempre estão trazendo algo delicioso para que eu possa comer, mas a realidade é que viver presa aqui e só poder ver que é dia ou noite, pela janela do meu quarto, nem do quarto da Luísa ou da dona Graziela eu posso ir na sacada, porque se eu for os homens dele pode me matar, e eu não quero isso, eu não quero morrer, eu quero ficar bem viva. Hoje eu estou sozinha nessa casa enorme, eu já fiz tudo que tinha pra fazer na casa, mas ainda sim eu acabei indo fazer o jantar, porque eu sei que em breve a dona Graziela vai chegar, e o mal humorado dono da casa, que me bateu ontem, pode chegar a qualquer momento, então eu tenho que agir como uma escrava, mas não tenho o que reclamar, eu simplesmente tenho que compreender e entender, eu pedi para que a Luísa visitasse a minha mãezinha e me trouxesse notícias dela, e ela tem feito bastante isso, a última notícia que ela trouxe foi que ela estava morrendo de saudades, então tudo isso acaba contribuindo para que eu ficasse triste e ao mesmo tempo com esperança de que um dia eu possa sair daqui e ser feliz novamente, mas eu tenho que ser realista, assim que eu sair daqui eu vou embora pra longe daqui, eu vou embora, e não vou voltar nunca mais pra cá, eu quero distância desse louco.

Luísa: Terra chamando Flor. - ela me assusta ao me tirar dos meus pensamentos.

Florência: Quer me matar do coração mulher? - ela começa a rir.

Luísa: Está devendo é? - ela pergunta gargalhando.

Florência: Na cabeça do seu primo realmente eu devo uma quantia alta. - digo séria.

Luísa: Ele é um babaca, não liga para o que ele diz ou o que ele faz, ele não merece nem ser lembrado. - ela diz séria.

Florência: Como não lembrar, você viu bem o que ele fez comigo ontem, ele me arrastou essa casa inteira puxando meus cabelos, e eu nem fiz nada pra ele, simplesmente porque aqueles amigos deles tinham chegado aqui, mas eu não tomei rumo, porque ele tinha me alertado, que eu não era para está no mesmo ambiente que nenhum outro homem, que a casa dele não virou motel para esses caras venha aqui atrás de um pouco de prazer comigo. - digo nervosa e as lágrimas molham meu rosto.

Luísa: Não é vergonha nenhuma Flor, você falar sobre isso, até porque você nunca ficou com homem nenhum, é normal suas bochechas ficarem como um camarão igual agora. - diz rindo.

Florência: Você é maldosa Luísa. - digo lhe dando um tapa no braço. - Você tem alguma notícia pra mim? - pergunto enxugando meus olhos.

Luísa: Sua mãe está com muita saudade de você amiga, e além disso ela disse que vai trabalhar dobrado para quitar a dívida que sua irmã fez. - ela me diz séria.

Florência: Eu vou acabar morrendo aqui, e nunca minha mãe conseguirá pagar essa dívida, é 60 mil reais Luísa, não são 60 reais, tudo isso é difícil pra mim, a gente sempre foi família humilde. - digo e as lágrimas tornam a molhar meu rosto.

Luísa: Não fica assim amiga, você sabe que Deus tem um propósito para tudo minha rosa, não fique triste por nada. - ela diz tocando meu rosto.

Então ficamos um pouco ali conversando, até que tudo que eu queria era ter um pouco de paz, e realmente eu estava tendo paz, tudo na minha vida iria ter paz, quando a minha irmã voltasse e fizesse tudo que esse homem exige de mim, e o que eu mais queria era nunca mais ser comparada a minha irmã, nunca mais na minha vida. Ela desgraçou a minha vida, ela ferrou de todas as formas possíveis a minha vida, me dói muito, e dói mais ainda em pensar na minha pobre mãezinha que vai se matar de tanto trabalhar para que possa tentar pagar a dívida da Flora, então respirei fundo e depois que deixei tudo pronto eu comi um pouco e sair dali, a Luísa subiu para se arrumar, ela disse que hoje tinha festa na comunidade e que ela iria curtir um pouco e eu prometi que ficaria bem, mesmo com ela longe, então eu entrei no meu quarto e fui para a cama, eu acabei me enrolando um pouco e fiquei pensando em tudo que já passei em toda a minha vida, até que eu peguei no sono. Horas mais tarde eu fui acordada sendo puxada e jogada ao chão, eu abrir os olhos assustada, e ao ver que era ele, eu percebi os olhos dele vermelho, eu estava esgotada de ser humilhada.

Florência: O que foi que eu fiz agora, me deixa em paz, eu não aguento mais você me humilhando dessa forma. - digo nervosa e ele se aproxima e bate no meu rosto.

Alemão: Cala a boca vagabunda, você não passa de uma cachorra, puta de quinta categoria, das piores dessa porra de morro você é a pior delas. - ele grita comigo e eu me encolho no chão.

Florência: Quantas vezes eu vou ter que repetir que eu não sou Flora senhor Alemão, eu não sou a minha irmã, me deixa em paz, me liberta eu não aguento mais com tantas humilhações. - digo chorando.

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