Quanto mais vale o amor depois de uma vida inteira? romance Capítulo 882

Erasmo viu o quanto Natalia estava feliz e seus olhos refletiram uma satisfação disfarçada.

Ele se levantou, ajeitou a roupa e as calças: "Vou indo. No almoço, vou pedir para o Mesa Lusitana enviar a comida."

"Não precisa se incomodar, posso almoçar na escola mesmo."

"Não vai dar tempo."

Natalia olhou as horas: "Vai sim."

Mas ao ver o homem se aproximar, ele a puxou de volta para o sofá, aprofundando o beijo.

Natalia tentou empurrá-lo: "V-você não disse que tinha que ir à empresa?"

"Não precisa tanta pressa."

Erasmo segurou suas mãos, prendendo-as no sofá.

Os cílios de Natalia tremularam timidamente, com as mãos erguidas acima da cabeça, totalmente sem defesas diante dele.

Natalia ergueu o rosto para o teto, o rosto corado, os olhos amendoados brilhando.

A garganta dela ficou seca—aquele homem era mesmo terrível.

Por que antes ela não tinha notado isso?

Quando finalmente terminaram, Erasmo beijou o canto da boca dela: "À noite, te conto todas as fofocas."

Natalia, corada, não respondeu nada.

Ela desviou o olhar para o relógio—realmente o tempo seria apertado.

Erasmo foi ao banheiro e só saiu dez minutos depois.

Natalia, de repente, se lembrou de algo e ficou um pouco irritada: "Você demorou tanto, não aprontou nada lá dentro, não é?"

Erasmo, enquanto ajustava a gravata, respondeu: "Dez minutos não são suficientes, você sabe disso melhor do que ninguém."

Seus traços bonitos estavam serenos, como se falasse da coisa mais trivial do mundo.

Natalia se lembrou do tempo que ele ficou no banheiro na noite anterior—pelo menos meia hora.

Ela ficou ainda mais corada, sem dizer uma palavra, até ouvir o som da porta sendo fechada na entrada.

Natalia tocou os próprios lábios, levemente inchados.

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