Quarto para você romance Capítulo 1141

Renato se sentiu mal quando a viu comendo com tanta pressa. “Vai devagar. Ninguém vai te impedir de comer”, a repreendeu.

“Estou com tanta fome!”, exclamou ela, mas suas palavras saíram um pouco abafadas pela comida em sua boca.

Renato lhe deu um sorriso carinhoso. “Não vai conseguir dormir esta noite se estiver muito cheia.”

“Então, se eu não conseguir dormir esta noite, posso dormir até mais tarde amanhã?” Ela sentia a necessidade de pedir permissão toda vez que queria dormir mais quando estava na casa dele, ou então, não conseguiria dormir bem.

“Você pode dormir o quanto quiser”, prometeu ele, sorrindo.

Ela olhou para ele e perguntou: “Como devo te chamar agora?”

“O que você prefere?”

“Renato”, ela declarou. Ao deixar de lado o “senhor”, parecia que agora eles seriam iguais.

“Tudo bem. Você pode me chamar assim por enquanto, mas terá que usar outra coisa depois das eleições de maio.” Ele mal podia esperar para ouvi-la se dirigindo a ele de uma forma completamente diferente.

A mente de Rafaela ficou em branco a princípio, mas quando percebeu o que ele queria dizer, corou e assentiu com timidez.

“Está bem. Quando chegar a hora, vou te chamar de marido.”

Cada fibra de seu ser agora ansiava pela mulher que estava sentada à sua frente. Mal conseguia afastar esse sentimento. Estava tudo bem quando ela não estava por perto, mas agora que estava ali com ele, sorrindo tão radiante, percebeu que sua paciência estava sendo testada ao limite.

De repente, ouviram-se batidas suaves na janela. Quando Rafaela se virou para olhar e viu o que estava acontecendo, seus olhos se arregalaram de surpresa, e ela exclamou: “Está nevando!”

Ela deixou os talheres de lado e correu para o jardim para aproveitar a primeira neve do ano.

Quando Renato a alcançou, a encontrou girando na neve como uma criança despreocupada que tentava encontrar o floco de neve mais bonito. Ele estava ali por um tempo a observando, quando de repente ela ficou tonta e caiu em sua direção.

Nome mesmo instante, ele abriu os braços para segurá-la. Ela quase havia esquecido do desmaio mais cedo. Ainda estava um pouco fraca devido à falta de oxigênio e não deveria se envolver em atividades exaustivas, o que incluía rodopiar.

“Vai pegar um resfriado se continuar parada na neve. Não quero que gaste todo o seu tempo se recuperando aqui.”

Rafaela sorriu. “Então, para que estou aqui?”

“Para me fazer companhia.”

Ela corou. “Para fazer companhia enquanto trabalha, ou por outro motivo?”

Renato quase sempre achava que ela tinha uma mente inocente, mas suas palavras estavam cheias de insinuações.

“Não vou protestar contra o que você quiser fazer comigo. A única coisa que importa é o que deseja.” O sorriso dele tornou a frase ainda mais sugestiva.

Ela recebeu uma notificação em seu celular, então usou isso como desculpa para escapar. “Deixe-me verificar meu celular.”

Ela se sentou no sofá, mas congelou ao ver a mensagem. Era de Giovane Ortiz.