Quarto para você romance Capítulo 1223

Kelly suspirou aliviada quando viu quem era. Ela esfregou os olhos secos, então pegou os arquivos e acenou para o ar. “Fazendo hora extra.”

O homem aproximou-se e sentou-se ao lado dela. “Você é assim tão devagar?”

“Este é meu primeiro emprego. Não tenho experiência nenhuma.” Kelly digitou algumas sequências de números e se aproximou da tela para confirmar que estava certo.

Natan olhou-a com admiração. Qualquer chefe ficaria aborrecido diante de tanta vagareza. Ela precisou de um dia inteiro para transferir as informações destes papéis para o sistema?

Kelly virou-se. “E então, por que voltou?”

“Arrume suas coisas, vamos. Deixe que Cecília cuide disso, você vai me acompanhar durante meus compromissos.” Então perguntou: “Já jantou?”

“Não. Como estou te devendo, será por minha conta.” Ela sorriu e levantou-se, mas sentiu cãibras nas panturrilhas.

“Caramba, estou com cãibra.” Ela segurou nas bordas da mesa e sentou-se, massageando as pernas.

Cara, ela é mesmo uma filhinha de papai. Não serve para o trabalho. Ela tem dinheiro, por que insiste em fazer isso? Por que não vai estudar, viajar, namorar alguém... droga. De onde tirei isso? Natan ficou rígido por um momento.

“Me Ajude a levantar, Sr. Macedo”, pediu Kelly.

O homem estendeu a mão e ela a segurou para poder levantar-se. Kelly deu alguns passos, mas suas pernas ainda estavam dormentes.

“Não precisa vir trabalhar amanhã”, disse Natan.

A jovem encarou-o. “Por quê?”

Ele está me desmerecendo? A jovem mordeu o lábio. “Tudo bem, desisto. Acho que não sou boa o suficiente para o trabalho. Não quero desperdiçar seu dinheiro”, ela concordou na mesma hora.

Kelly não se opôs e foi para o banco do passageiro, Natan os levou a um restaurante que escolheu. A jovem estava esfomeada. Tinha comida no refeitório, mas não foi suficiente. O trabalho também a esgotou, por isso devorou a comida que pediram.

Natan sorriu. Toda mulher com quem já havia saído mostrava certa compostura por sua causa, mas só ela mostrou seu verdadeiro eu. Pensa que vou pegar a comida dela, é?

O telefone dela tocou. A jovem atendeu e esbravejou: “O que você quer?”

“Bruna e eu nos amamos. Não cause problemas nesta sexta-feira”, advertiu Luiz.

Kelly baixou os talheres e zombou: “Ouça aqui, Luiz. Bruna é minha irmã. Você a levou para a cama, então acho melhor não abandoná-la.”

Luiz perguntou com a voz rouca: “Não se opõe ao nosso casamento? De verdade?”