Quarto para você romance Capítulo 249

“É assim que se fala, querido. Não deixe ninguém tirar a empresa de você! Tem que superar isso, não importa o que aconteça”, disse Noemi encorajando-o com fervor renovado. Alana interveio:

“Pai, sabe quem são os compradores?”

“Ele é um velho rival meu.” Francisco estava fervendo de raiva, e seus olhos estavam vermelhos quando ele disse: “Ele é desprezível, repugnante e implacável, e não posso acreditar que ele recorreria a medidas tão dissimuladas para acabar comigo!”

Ao ouvir isso, o coração de Alana apertou. Mesmo que o comprador fosse um antigo rival de Francisco, ela não esperava que seu pai fizesse a venda sem lutar. Mesmo que o fizesse, ficaria ressentido e com raiva pelo resto de sua vida.

Noemi, em pânico, também estava fora de si. A continuidade de sua vida de luxo dependia da empresa do marido, e se ele permitisse a aquisição, seria o fim de seu estilo de vida privilegiado. Um olhar de horror tomou conta de seu rosto quando ela se virou para Francisco e insistiu:

“Nesse caso, o que devemos fazer? Querido, precisa pensar em uma maneira de salvar a empresa rapidamente! Não podemos simplesmente deixar alguém roubá-la!”

“Isso mesmo, pai! Você tem que fazer alguma coisa!”, Érica falou nervosamente.

“Minhas mãos estão atadas”, Francisco admitiu um pouco cansado. “O comprador agora detém trinta por cento das ações da empresa, o que lhe dá vantagem suficiente. Mais precisamente, o negócio não tem ido muito bem nos últimos dois anos, e tive que vender dez por cento das minhas próprias ações a outra empresa para ajudar a resolver as coisas. Agora, essa empresa decidiu unir forças com o comprador. Neste momento, tenho apenas quarenta por cento das ações da empresa, e se eles persuadirem os outros acionistas a ficar do seu lado, minhas palavras não terão mais peso.”

Francisco estava arrasado. Ele nunca pensou que sua empresa seria vítima de uma aquisição tão hostil.

“Pai, por que simplesmente não compra essas ações de volta?”, Érica sugeriu. Alexandre, que estivera ao lado o tempo todo, conhecia bem os problemas financeiros da empresa e apontou sem emoção:

“Recomprar essas ações não é tão fácil quanto parece. A empresa não tem lucrado nos últimos dois anos e estamos ganhando apenas o suficiente para manter o negócio funcionando”.

“Se soubesse que isso aconteceria, talvez não teria comprado aquela casa”, disse Noemi com relutância enquanto culpava implicitamente o marido por comprar um apartamento para Alana. Francisco já estava irritado, para começo de conversa, então olhou para Noemi e retrucou:

“Fique quieta, pode ser?”

“Estou certa, não estou? Deveria ter se segurado e parado de gastar dinheiro tão levianamente se sabia que a empresa estava passando por dificuldades”, argumentou Noemi, colocando o dedo na ferida.

Nossa família? Quando fomos uma família? Alana não deu ouvidos à ideia maluca da mulher e ficou em silêncio. Érica também apoiava a ideia da mãe.

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