Quarto para você romance Capítulo 296

Logo deu 21h30. Alana inconscientemente bocejou enquanto olhava pela janela e observava o céu noturno de outono. Parecia que o inverno estava chegando. Nesse momento, ela ouviu um som vindo da entrada principal da mansão, e imaginou que Enzo e Júlio haviam retornado de sua caminhada. Assim que saiu para cumprimentá-los, viu Enzo segurando Júlio adormecido em seus braços com um de seus casacos cobrindo o corpo do menino. Surpresa, ela correu e perguntou:

“Como ele dormiu?”

“Júlio se cansou de andar. Vou levá-lo para o quarto.” Depois de dizer isso, Enzo começou a subir as escadas com suas longas pernas enquanto Alana os seguia de perto.

Enzo já estava agindo como um pai. Ele gentilmente colocou Júlio na cama, tirou o casaco e os sapatos, cobriu-o com o cobertor, aconchegou-o e alisou seu cabelo preto antes de dar um beijo na testa da criança.

Alana ficou surpresa quando parou na porta e observou a interação deles. O amor de Enzo por Júlio é verdadeiro?, ela se perguntou. Ele realmente gosta de uma criança que não tem laços de sangue com ele?

Alana ainda estava atordoada quando o homem caminhou em sua direção e aproveitou para abraçá-la pela cintura. Ele então gentilmente fechou a porta. Em pânico, ela rapidamente deu um passo para trás e estendeu as mãos para empurrar seu peito forte. No entanto, o homem deliberadamente ficou perto dela, seus olhos profundos revelando uma miríade de emoções. A cena do banheiro havia acendido um fogo nele.

“Enzo, não.” Ela olhou para ele calmamente. “Tenho algo para te dizer.”

O homem parecia ter adivinhado que aquilo ia acontecer, e rapidamente apontou na direção da sala no segundo andar:

“Vamos conversar lá.”

Alana o seguiu com uma carranca no rosto. Ela não parecia estar particularmente de bom humor. De repente, o homem, que andava na frente, virou-se e disse:

“Posso te deixar olhar para mim se achar que foi injusto.” Levou apenas um segundo para ela entender suas palavras.

“Não quero isso”, ela murmurou enquanto olhava-o timidamente.

“Bem, você que está perdendo.” O homem que agora estava atrás dela parecia extremamente confiante.

Alana se sentou no sofá com o rosto corado e olhou furiosamente para ele.

“Pode bater na porta antes de entrar da próxima vez?”

“Achava que estivesse dando banho em Júlio. Peço desculpas”, Enzo proferiu sinceramente. Afinal, ele estava errado.

“Obrigada por abrigar Júlio a mim por tantos di...”

“Como vai me agradecer?”, ele a interrompeu novamente, deixando-a sem palavras. Que cara rude!, pensou irritada. Em vez de respondê-lo, Alana lançou uma pergunta de volta:

“Como quer que eu te agradeça?”

“Sabe o que quero.” Ele jogou de volta para ela. Sabendo que provavelmente era algo com o qual ela não concordaria, agiu de forma burra e exclamou:

“Como vou saber o que você quer?!”

“Então foram apenas palavras vazias quando disse que queria me agradecer?” O homem fingiu estar chateado.

“Claro que fui sincera sobre isso.” Seus olhos então se moveram para olhar sombriamente para outro lugar.

“Mas você não sabe o que quero”, ele murmurou. Ele parecia uma criança abandonada neste exato momento.