Quarto para você romance Capítulo 368

Alana demorou muito para se recompor. Ela acabou fazendo muitas compras para poder ficar alguns dias em casa com o filho sem precisar sair. Enquanto ela carregava uma enorme sacola de compras porta afora, um dos guarda-costas se aproximou e perguntou educadamente:

“Srta. Tavares, precisa de ajuda com isso?”

“Não, obrigada”, respondeu Alana com um sorriso agradecido. Afinal, ela não precisava tratá-los com indiferença.

Depois de lutar para carregar suas compras até o saguão do condomínio, ela ligou para Enzo e pediu que ele trouxesse Júlio para casa.

“Alô?” Quando a ligação foi completada, ela ouviu a voz profunda e rouca do homem.

“Estou ao lado do elevador. Traga Júlio”, disse Alana.

“Podemos conversar?” Havia um toque de súplica na voz dele.

“Não quero”, respondeu Alana o rejeitando.

“Não importa o que meu tio te disse, uma coisa que nunca vai mudar é o meu amor por você. Você é importante para mim, Alana.” A voz de Enzo estava rouca.

“Já chega, agora me devolva meu filho”, Alana ordenou antes de desligar o telefone. Se continuasse a conversa, a decisão que havia tomado com muita dificuldade poderia colapsar. Não havia mais nenhuma possibilidade entre eles. Pelo menos nesta vida, os dois nunca ficariam juntos.

Enzo segurava a mão de Júlio enquanto faziam uma curva na pequena avenida cercada por árvores. Os dois eram idênticos, como se fossem pai e filho.

“Sr. Presgrave, não pode ir embora depois de comer conosco?”, Júlio choramingou. Ele já tinha feito essa pergunta muitas vezes.

Enzo levantou a cabeça e olhou para Alana suplicante; era como se estivesse perguntando silenciosamente se poderia ir à casa dela para almoçar. Alana olhou para o filho inconscientemente para evitar o olhar do homem. Seu tom soou um pouco áspero quando ela disse:

“Júlio, não seja rude. O Sr. Presgrave é um homem ocupado, então não vamos incomodá-lo.”

Quando Enzo estava prestes a abrir a boca, o olhar de Alana o deixou atordoado; era um olhar frio e de advertência. Já que não tinha escolha, Enzo soltou um suspiro e se agachou para ajeitar o casaco de Júlio enquanto o persuadia com ternura:

“Sua mãe está certa. Estou muito ocupado agora, então não posso almoçar com vocês. Na próxima eu almoço!”

“Quando será isso?” Júlio perguntou rapidamente.

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