Quarto para você romance Capítulo 382

Alexandre manteve os olhos fixos em Érica, aparentemente pensando em seu próximo movimento. Afinal, ele também sabia que não teria chances de se aproximar de Alana com Enzo ao lado dela, mas agora que Érica estava se aproximando, ele começou a ver isso como uma oportunidade.

“Senhorita Érica, sou apenas um homem comum sem nada digno de admiração, então me pergunto o que te faz gostar tanto de mim.” Alexandre soltou um suspiro.

“Não sou como minha irmã que só quer se casar com um homem rico. Eu, por outro lado, prefiro confiar nos meus próprios sentimentos ao escolher o homem certo.” Érica então olhou para Alexandre de forma sedutora. “Sr. Hugo, você é exatamente o tipo que gosto.”

Ao ouvir as palavras da mulher, Alexandre sentiu como se um choque elétrico percorresse seu corpo. Embora Érica não fosse bela como a irmã, Alexandre, cuja natureza de homem estava levando a melhor sobre sua mente racional, não resistiu aos seus avanços.

Nesse ínterim, Alana, que ainda estava no saguão, empurrou Enzo para o lado depois de enxugá-lo e disse:

“Vá embora assim que a chuva parar.”

“Tudo bem!” Enzo assentiu obedientemente.

“Venha, vamos para a minha sala! Está frio aqui fora.” Alana levou o homem para cima.

Assim que os dois chegaram a um lugar mais quente, Enzo tirou o casaco e revelou uma camisa escura que acentuava seu físico musculoso por baixo. No entanto, Alana desviou o olhar como se estivesse tentando resistir a algo. Na verdade, ela estava tentando resistir à aura charmosa e masculina do homem para não se apaixonar ainda mais por ele.

Nesse momento, Alexandre bateu na porta e entrou, apesar de saber que Enzo estava por perto, pois queria arruinar deliberadamente seu momento privado com Alana. Afinal, Érica era apenas uma substituta para ele, já que Alana ainda era a mulher que ele amava. No entanto, a presença de Alexandre colocou uma carranca no rosto de Enzo, que imediatamente passou o braço em volta de Alana enquanto ela preparava um chá para ele.

Antes que Alana pudesse terminar de fazer o chá, perdeu o equilíbrio e sentou no colo do homem com o saquinho de chá ainda na mão. Quando estava prestes a lhe dar um sermão, notou a frieza em seus olhos antes de entender rapidamente que era a presença de Alexandre que o deixava nervoso.

Ok, acho que essa é a natureza dos homens. Eles não toleram que ninguém coloque os pés em seu território e é por isso que esse cara está tentando afirmar seu domínio.

“Você está aqui, Sr. Presgrave.” Alexandre cumprimentou Enzo timidamente.

“Vou ficar aqui e fazer companhia a Alana. Pode cuidar do seu trabalho agora, Sr. Hugo”, Enzo disse friamente.

“Tudo bem!” Alexandre sorriu, mas seu rosto ficou sombrio no momento em que ele se virou. Parece que Enzo realmente não dá a mínima para a minha presença.

“Por favor, não culpe minha avó, Alana. Sou o único culpado.” Enzo tentou arcar com toda a responsabilidade.

Devo culpar uma criança de seis anos por aquele incidente? Não! Como mãe de uma criança, Alana podia simpatizar com o jovem Enzo e com o medo que o atormentava.

“Ainda consegue se lembrar do que aconteceu naquela época?”

“Na verdade, minha avó procurou ajuda de muitos psiquiatras e hipnotizadores para mim naquela época.” Ele fechou os olhos assim que terminou a frase, aparentemente tentando encontrar uma memória que estava perdida em sua mente. Os olhos de Alana se arregalaram um pouco antes de ela agarrar o braço do homem.

“É o suficiente.”

“Sinto muito. Se eu pudesse me lembrar de alguma coisa, talvez eu soubesse o que aconteceu de fato naquela época.” Enzo ergueu os olhos, desculpando-se.