Quarto para você romance Capítulo 67

Enzo se sentiu em transe enquanto observava Alana segurar Júlio antes de colocar o menino na cama.

Júlio provavelmente estava tão exausto que no momento em que sua cabeça bateu no travesseiro, ele imediatamente se mexeu para encontrar uma posição confortável e dormiu.

Depois de aconchegar o filho, Alana virou-se e gesticulou para que Enzo deixasse o quarto em silêncio.

Ele fez o que ela pediu e deu passos largos para sair do quarto com Alana logo atrás. Depois de fechar a porta, ela soltou um pequeno suspiro e disse: “Obrigada por esta noite.”

“Como você vai me agradecer?” Ele perguntou, sua voz baixa e magnética enquanto a olhava com curiosidade.

Ela franziu a testa e havia um olhar perplexo em seus lindos olhos enquanto pensava: De que outra forma eu poderia agradecê-lo além de literalmente dizer 'obrigada'? “Hã... Eu poderia te pagar uma refeição ou algo assim se você quiser?” Ela chutou, sem saber se era isso que ele estava pensando.

“Ah, não há necessidade disso”, disse ele com desdém.

Ela soltou um suspiro de alívio. Bom, porque eu não tenho tempo de qualquer maneira.

O telefone dela vibrou naquele momento, e os dois se viraram para olhar para o telefone que estava sobre a mesa de centro. Mesmo dessa distância, Enzo conseguiu ver o identificador de chamadas na tela, era uma ligação de Natan.

Alana pegou o celular. O único espaço privado que ela tinha no pequeno apartamento era seu próprio quarto, onde ela entrou para atender a ligação, embora deixasse a porta entreaberta.

“Oi, Natan. Tudo bem?”

“Alana, deixe-me ir e passar a noite com você!” Natan ofereceu alegremente e implacável do outro lado da linha.

“Por que você faria isso? Você não vê como o tempo está brutal lá fora? Você vai ficar ensopado antes mesmo de entrar no carro!”

“Mas estou realmente preocupada com você e Júlio. Vocês dois têm pavor de tempestades.”

Alana sentiu o coração apertar ao lembrar que Enzo ainda estava no apartamento. Ela respondeu apressadamente: “Não, não, não venha. Júlio e eu estamos prestes a dormir de qualquer jeito. Ok, isso é tudo. Tchau!”

“Presidente Presgrave, você…” Ela piscou os olhos arregalados para ele. Pelo amor de Deus, por que ele tinha que me assustar daquele jeito?

Ela ficou boquiaberta, sem palavras diante de sua pergunta. Ele não sabe que é rude se intrometer? Ela não achava que ele tinha o direito de investigar sua vida pessoal, mas mesmo assim foi franca ao responder: “Não, por quê?”

Ela piscou, como se não conseguisse processar o que estava acontecendo naquele momento. Por que eu deveria contar tudo a ele só porque ele perguntou? Além disso, esse cara definitivamente está ficando mais perigoso a cada minuto que passa. Eu não posso deixá-lo ficar aqui por mais tempo! Com um pequeno sorriso, ela falou: “Está ficando tarde, Presidente Presgrave. Talvez você devesse ir.”

Ele a encarou por um longo tempo. Ela tinha acabado de tomar banho e seu aspecto era agradável, estava cheirosa e particularmente sedutora. Ele estreitou os olhos de repente, e pôde sentir seus impulsos primitivos tomando conta de sua faculdade mental enquanto ele a olhava como um predador olha sua presa.

Alana passou por ele quando ele a agarrou pela cintura. Ela cambaleou para trás com surpresa e acabou tropeçando no pé dele. Em um emaranhado de pernas e braços, eles caíram na cama com ele em cima dela.

Por um momento, sua respiração se misturou com a testosterona no ar. Quando ela estava prestes a recuar, Enzo segurou seu rosto e a beijou, calando sua voz completamente. Ela soltou um gemido abafado quando sua mente ficou em branco.

Contra sua própria vontade, ela sentiu suas veias vibrarem com um zumbido semelhante a uma leve corrente elétrica, seu corpo estava realmente cedendo ao beijo.

O beijo de Enzo era ousado e agressivo. Ele a deixou sem reação e sem ar enquanto a saboreava. Ao mesmo tempo, seus músculos bem construídos a deixava sem fôlego. Alana não podia fazer nada além de deixá-lo fazer o que queria com ela, e foi só quando sentiu o perigo disso que voltou a si. Seus olhos se abriram e, enquanto olhava para ele, ela o empurrou com força.

Ele finalmente a soltou, e quando as pontas de seus narizes se tocaram e seus olhos se encontraram, o ar pareceu ficar pesado com a tensão. Ambos estavam ofegantes com o calor do momento.

Ela começou a dizer entre os dentes cerrados: “Deixe-me ir, Enzo. Estou avisando.”