Quarto para você romance Capítulo 783

A respiração de Arthur estava ligeiramente irregular enquanto ele lutava para recordar o passado. Onde mais já vi esse rosto além das fotos no meu celular? Há algo que eu não possa recordar?

“Não importa. Se é assim que você quer terminar, tudo bem. Eu aceitarei. Mas ainda quero ouvir de você. Você nunca me amou antes? Apenas responda sim ou não.” Sofia desistiu, pois não haveria nada que a deixasse mais desesperada do que quando ele anunciou seu casamento.

Ao se preparar para confrontar Arthur, ela havia aceitado o fato de que essa verdade, por mais dolorosa que fosse, era de sua única preocupação; ela pretendia deixar o tempo curar a ferida. Ela não tinha arrependimentos sobre amá-lo ou se dedicar a ele, mesmo que isso significasse viver o resto de sua vida para ele.

“Diga! Sim ou não?” Ela estendeu abruptamente a mão e o empurrou, perguntando: “Arthur Viana, você é um homem?”

Seu alto e esguio corpo recuou como se estivesse sendo sacudido pela força dela.

“Não tenho vontade de responder a essa pergunta.” Arthur balançou a cabeça e depois virou-se para sair.

“Não vá.” De repente, Sofia correu até ele e, aparentemente fora de si, envolveu seus braços firmemente em torno de sua cintura e implorou: “Não vá, está bem?”

Arthur olhou para os braços delicados em volta de sua cintura e sentiu-se estranho. Por que eu não estou rejeitando a intimidade dela?

Nos últimos dias, Eduarda frequentemente encontrava oportunidades para se envolver com ele, mas sempre que o tocava, ele tinha uma sensação de relutância. Mas naquele momento, ele percebeu que não estava rejeitando fisicamente ou mentalmente essa garota; a percepção de que seu corpo causava uma boa impressão nela o confundia.

Quem é ela? Por que ela está no meu celular e por que ela disse que é minha namorada? Mas quando foi que namorei com ela?

“Posso responder à sua pergunta anterior”, Arthur disse subitamente, como se estivesse irritado com suas perguntas insistentes.

Quando Sofia ouviu isso, sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo. Ela soltou sua mão e deu um passo para trás antes de virar a cabeça para olhá-lo e esperar sua resposta.

Arthur então alisou sua camisa como se a detestasse por amassá-la.

“Ah...” Ela exclamou um grito alto, cambaleou para trás e parecia prestes a cair no canteiro de flores.

Instantaneamente, uma mão agarrou seu pulso e a puxou para trás. Devido a essa força, o impacto a lançou nos calorosos braços do homem. Apesar do gelo em sua voz, sua postura era reconfortante como sempre.

Arthur franziu a testa quando olhou para a garota que estava sendo segurada em seus braços, pensando o quão descuidada ela era. “Preste atenção para onde está indo”, ele a lembrou.

“Não preciso que você me salve. Não pedi para me salvar.” Sofia o empurrou para longe.

Ele nunca sentiu sua mente tão confusa antes. Essa garota parece ser capaz de bagunçar minhas emoções.

Impotente, Arthur assistiu enquanto Sofia virava as costas e escolhia um caminho para seguir. Ele teve que corrigi-la, dizendo: “Essa não é a direção de volta ao quarto de hóspedes, você pegou o caminho errado.” Quando ela voltou, seguiu por um caminho diferente, e ele a viu desaparecer na mata. Arthur estava prestes a sair, mas um sentimento inexplicável inundou seu coração, o que o deixou um pouco preocupado com ela. Ele temia que ela continuasse a andar sem rumo ou se deparasse com algum perigo.