Quarto para você romance Capítulo 788

Entretanto, Arthur sentia-se ligeiramente inseguro com o corpo ondulante da dama bem atrás dele, indagando-se sobre que encanto ela possuía que o fazia sentir-se excitado. Estaria ela tentando me provocar de propósito? Percebendo os sentimentos que Sofia nutria por ele, não pôde deixar de sentir-se irritado, suspeitando que ela o fazia intencionalmente. “Fique quieta e pare de se mover”, ele deu uma ordem de maneira gélida.

No entanto, Sofia considerava que mal conseguia controlar-se, uma vez que suas pernas pendiam livremente no ar. Se não envolvesse firmemente seus braços em torno de sua cintura, poderia cair do cavalo a qualquer momento. “Obrigada por ter vindo em meu socorro na noite passada, Jovem Mestre Viana”, Sofia tentou iniciar uma conversa com o homem.

“Nunca vi ninguém tão tolo quanto você”, Arthur resmungou friamente.

Sofia então apertou os lábios e sorriu, sentindo-se contente de que o homem fosse ele mesmo, pois sempre a chamava de tola quando estavam juntos. No entanto, em vez de demonstrar seu desgosto, usou isso como um motivo para amá-lo e mostrar-lhe todo o carinho de que precisava. Portanto, agora que Arthur ainda a chamava de tola, ela não pôde deixar de se perguntar se era realmente tão simplória quanto o homem pensava. “Tenho que admitir que sou tola”, Sofia sorriu em resposta.

“Como foi crescer para pessoas como você?”, Arthur olhou curiosamente para ela.

Naquele instante, Sofia achou aquelas palavras um tanto familiares, como se ele já tivesse lhe feito a mesma pergunta antes. Ela então sorriu impotente e respondeu: “Acho que não tive escolha. Não era tola até te conhecer.”

Com os olhos voltados para a frente, um sorriso passou pelo rosto de Arthur enquanto ele se perguntava como ela podia descaradamente atribuir a ele a culpa por ser tola.

Enquanto isso, Eduarda tomava uma xícara de café na cafeteria do clube de hipismo quando a pessoa encarregada se aproximou dela de repente e disse: “Aqui está, Sra. Moreira. Você veio para andar a cavalo hoje?”

“Não. Estou apenas aqui para me sentar.” Eduarda continuou a perguntar: “O clube de hipismo está fechado hoje?”

“Oh. Não, não está. Na verdade, foi o Jovem Mestre Viana quem nos ordenou que não deixássemos mais ninguém entrar.”

Por outro lado, Eduarda estava olhando para a dama atrás de Arthur de maneira intimidadora, percebendo que era ninguém menos que Sofia. Maldiçã*! Não posso acreditar que acabei de criar uma oportunidade para Sofia e Arthur! Ela saiu irritada da cafeteria, indo em direção a ele. “Você voltou, Artie.” Eduarda cumprimentou Arthur, como se nada tivesse acontecido.

Assim que Arthur desceu do cavalo, o tratador se aproximou e segurou a guia em torno da cabeça do cavalo para mantê-lo parado, momento em que estendeu os braços para carregar Sofia. Quando seus pés tocaram o chão, ela gemeu de dor, deixando Arthur atônito, que rapidamente a carregou novamente em seus braços. Ao mesmo tempo, ele olhou para a pessoa encarregada e disse: “Prepare o motorista. A perna dela está machucada.”

“Você disse que queria experimentar um passeio a cavalo, Sra. Boaventura. Então, como foi?” Eduarda deu a Sofia um olhar malicioso de maneira hostil, desejando que esta admitisse que foi um erro seu andar a cavalo sem supervisão, o que não tinha nada a ver com ela.

Enquanto isso, Sofia sabia o que Eduarda estava insinuando, mas apesar de sua raiva, não pôde contestar o fato de que ela estava prestes a se tornar a esposa de Arthur. Para proteger a reputação de dele, respondeu: “Eu caí do cavalo sozinha e me machuquei, mas não se preocupe comigo, Sra. Moreira. Eu vou sobreviver.”

“Artie, posso pedir a Henry que leve a Senhorita Boaventura para casa enquanto faço um passeio a cavalo com você”, Eduarda disse, sentindo ciúmes ao ver seus braços em volta da cintura e do pescoço um do outro.