Que Milagre! Eu Tinha NÔNUPLOS! romance Capítulo 113

Naquele ano, o menino tinha apenas sete anos e meio, era diligente e estudioso, praticamente assumindo todas as tarefas domésticas da casa. Não estou exagerando quando digo que sua família era tão pobre que nem podia comprar uma colher. Quando estava de partida, deixei para eles todos os utensílios que tinha comigo, inclusive comprei uma colher nova para o menino. Desde então, venho patrocinando seus estudos.

Este ano, o menino já está com dez anos. Há alguns dias, ele me enviou algumas coisas, mencionando especialmente a colher que comprei para ele naquele ano. Disse que tinha ficado em primeiro lugar na escola e ganhou um prêmio, que trocou por uma colher na loja, em agradecimento ao apoio que lhe dei ao longo dos anos.

Quando me contou isso, Vitória Nascimento suspirou: "Aqueles três fios de cabelo são um segredo entre nós. Na época, eu lhe contei uma história:

O Espírito Santo se transformou em um velho que estava pedindo esmola na rua, e um homem fiel, cheio de bondade, lhe deu um pedaço de pão.

O idoso disse: "Obrigado, meu jovem, mas estou com tanta sede que não consigo comer o pão. Se possível, eu gostaria de beber um pouco de vinho.

O fiel foi então para casa e levou uma garrafa de vinho para o idoso, que, ao cheirá-la, disse: 'Este vinho não é doce e aromático o suficiente. Se você realmente sente pena de mim, um velho prestes a morrer, por favor, traga-me o vinho vendido na loja do outro lado da rua.

O fiel, com o dinheiro que ganhou em uma semana de trabalho, trouxe o vinho desejado para o ancião, que, após recebê-lo, não o bebeu. Disse: 'Você é realmente um jovem cheio de bondade e não poupa esforços para fazer o bem. Tenho um presente para você.' O ancião arrancou três fios de cabelo e os entregou ao jovem, dizendo: 'Eles trarão boa sorte para você.'

O fiel guardou os fios de cabelo, não levando as palavras do ancião muito a sério, mas, por respeito, não os descartou na frente dele, colocando-os em seu bolso.

Naquela noite, a casa do fiel pegou fogo. Desesperado, ele se lembrou dos fios de cabelo que o velho lhe dera e fez um pedido: 'Se você realmente pode trazer boa sorte, por favor, proteja minha família para que não morramos nesse incêndio.

O fogo consumiu a casa do fiel durante toda a noite, mas na manhã seguinte, as pessoas da aldeia encontraram apenas ruínas, enquanto o fiel e sua família estavam seguros e ilesos.

Depois de ouvir a história, o menino, inocentemente, me perguntou se o cabelo de qualquer pessoa teria esse poder mágico. Eu lhe disse que apenas o cabelo de pessoas inteligentes, de quem fica em primeiro lugar nos estudos, teria tal magia."

"Ele ficou em primeiro lugar, então me enviou três fios de cabelo, esperando que eu usasse a inteligência de seu cabelo para realizar meus desejos."

Larissa Alves estava claramente frustrada, levantando a voz enquanto apontava para Vitória Nascimento: "Ela está mentindo, está enganando todo mundo, de onde ela tira a boa vontade de ser voluntária, de ajudar os outros? Vocês foram enganados".

De repente, Saulo Abbott bateu na mesa com força: "Chega! Está bem claro o que aconteceu, foi tudo culpa da Larissa Alves, que mexeu nas coisas alheias sem permissão e ainda jogou os pertences de alguém no lixo como se fossem lixo. Larissa Alves, peça desculpas à Diretora Navarro."

Francisco Abbott mostrou seu descontentamento: "Larissa pedir desculpas a ela? Pai, claramente foi ela quem empurrou Larissa, quase fazendo-a perder os gêmeos!"

Saulo Abbott lançou um olhar severo para o filho: "Ela cometeu um erro primeiro, deveria se desculpar. Se fosse você, o que faria se algo tão importante fosse jogado fora como lixo? Você provavelmente iria querer bater na pessoa para desabafar, não é mesmo?"

Sentada em sua cadeira de rodas, Larissa Alves começou a chorar de tristeza: "A diretora Navarro está claramente mentindo, por que você acredita nela e não em mim?"