Que Milagre! Eu Tinha NÔNUPLOS! romance Capítulo 136

Ela realmente queria dizer a Helena que ela era a verdadeira mãe dela e de Giselle, mas, várias vezes, as palavras chegaram à boca e foram engolidas de volta. Havia muitas complicações envolvidas, e os outros bebês ainda não haviam sido encontrados.

E ainda havia Vital Abbott. Se ele soubesse sobre os outros bebês, certamente iria querer disputá-los com ela e, no final, seriam essas crianças inocentes que sofreriam.

Então, ela teve que conter o impulso de reconhecer Helena como sua filha. Ela não podia dizer nada.

"Helena, muitas coisas na vida precisam ser sentidas com o coração, você não pode simplesmente ouvir o que os outros dizem. Eu lhe prometo que não me casei com seu pai por causa do dinheiro dele, mas porque amo você e Giselle. Foi por vocês duas que me casei com seu pai" - explicou Vitória Nascimento à filha.

"É mesmo? Tia, a senhora realmente se casou com meu pai porque gosta de mim e da minha irmã?"

"Claro, se não fosse por vocês, eu nunca teria me casado com seu pai! Ele é tão frio e entediante, na verdade eu não gosto dele" - Vitória Nascimento abraçou Helena enquanto expressava seus verdadeiros sentimentos.

Vital Abbott, que estava na porta, inicialmente se sentiu inundado de felicidade ao ver a cena calorosa de mãe e filha através da porta entreaberta. No entanto, as últimas palavras de Vitória Nascimento foram como um balde de água fria, deixando-o completamente desolado.

Ele não disse nada e saiu em silêncio.

Os dois que estavam no quarto nem perceberam a situação na porta e continuaram a conversa.

"E aí, tia, a senhora e meu pai vão ter filhos?".

Vitória Nascimento rapidamente balançou a cabeça: "De jeito nenhum, com Helena e Giselle, minha vida já está completa" - Depois de dizer isso, ela beijou a testa de Helena.

Há sete anos, em apenas uma noite, ela engravidou de nove bebês e quase perdeu a vida por causa disso. Ter mais filhos? Só se ela estivesse louca.

Com a promessa de Victoria, o rosto de Helena, antes abatido, finalmente se iluminou com um sorriso: "Vamos fazer um pacto" - ela estendeu a mão.

"Certo. Pacto feito, a tia sempre cumpre o que promete!"

"Então está combinado. Na sexta-feira à tarde, depois da aula, vamos encontrar sua mãe e depois ir ao supermercado."

Com o problema resolvido, Helena se deitou feliz na cama e logo adormeceu.

Vitória Nascimento ajustou a temperatura do ar condicionado, cobriu Helena com o cobertor e saiu silenciosamente do quarto.

Quando entrou no quarto de Giselle, ela já estava dormindo profundamente. Vital Abbott estava ajustando sua posição e cobrindo-a com um cobertor. Seus movimentos eram suaves e cuidadosos, como se ele tivesse medo de acordá-la.

A luz suave iluminou seu rosto angular, revelando uma expressão que mudou de sua frieza habitual para uma ternura paternal. Observando de fora, Vitória Nascimento teve que admitir, mesmo que apenas para si mesma, que Vital naquele momento tinha um charme irresistível.

Quando Vital Abbott estava prestes a deixar a sala, ele se virou silenciosamente e viu o olhar quase encantado no rosto de Vitória Nascimento. Involuntariamente, suas sobrancelhas se arquearam.