Que Milagre! Eu Tinha NÔNUPLOS! romance Capítulo 156

Enquanto esperavam o semáforo, Vital Abbott lançou um olhar para ela e segurou na sua mão.

Devido à urgência do momento, ele não teve tempo de esperar pelo motorista e se dirigiu até lá por conta própria.

"Querida, não se preocupe, estou aqui com você!"

Vitória Nascimento baixou a cabeça e demorou antes de responder: "Presidente Abbott, você poderia parar de me chamar assim? Não temos sentimentos um pelo outro, nosso casamento foi apenas uma farsa por causa da Giselle. Espero que, quando a doença dela melhorar, cumpra sua promessa e se divorcie de mim imediatamente."

A indiferença dela feriu Vital Abbott: "Você encontrou outra pessoa?"

Vitória Nascimento balançou a cabeça: "Não, já disse antes, sou adepta do celibato."

"Porquê você pensa dessa forma? Algum homem te machucou no passado?" Vital Abbott perguntou, tentando sondar.

"Não, só tirei conclusões observando meus pais."

"Seus pais — o que houve com eles?"

O semáforo diante deles mudou para verde e os carros atrás começaram a buzinar. Vital Abbott teve que soltar sua mão e dar partida no carro.

Vitória Nascimento olhou pela janela, seu rosto carregava tristeza, sem vontade de falar mais: "Não é nada."

Ela nasceu em Itacoatiara, um lugar a mais de duzentos quilômetros de Manaus, com um clima agradável, conhecido por ser o maior centro de cultivo de ervas medicinais do país.

Sua mãe, após se formar na universidade, seguiu seu pai até sua cidade natal para empreender, mas faleceu devido ao esforço excessivo quando Vitória tinha apenas cinco anos.

Ela sempre pensou que seus pais se amavam, mas seu pai se casou novamente com uma mulher mais jovem menos de um ano depois da morte da mãe dela. As pessoas diziam que eles já tinham um caso enquanto sua mãe estava viva, e que ela morreu de desgosto por causa disso.

Sua madrasta não gostava dela, então seu pai a deixou aos cuidados da avó.

A avó de Vitória era uma mulher do campo, extremamente preconceituosa, que valorizava mais os homens do que as mulheres. Dizia-se que ela, tendo dado à luz a quíntuplos — três meninas e dois meninos — afogou duas das meninas por não querer filhas.