Que Milagre! Eu Tinha NÔNUPLOS! romance Capítulo 192

Júlio Dutra pegou o documento com uma expressão confusa e, ao dar uma olhada, seu rosto mudou drasticamente.

Todos os documentos eram provas de sua corrupção, recebimento de propinas e falsificação de contas, assinados por representantes de fornecedores e pelo diretor do departamento financeiro.

Vital Abbott então tirou um gravador: "Aqui também tem algumas gravações, você quer ouvir?"

Assustado, Júlio Dutra rapidamente implorou por misericórdia: "Presidente Abbott, Presidente Abbott, por favor, lembre-se da ajuda que meu pai deu à família Abbott no passado, me dê mais uma chance!"

"Dar-lhe outra chance? Você não estava querendo seguir o procedimento legal há pouco? O departamento financeiro já chamou a polícia, agora aguarde e explique-se para eles!" A voz de Vital Abbott era fria e sem emoção.

Ele tinha chamado Júlio Dutra para uma conversa privada justamente por respeito ao tio Dutra, mas ao invés de se arrepender, Júlio convocou um grupo para causar tumulto na empresa. Sendo assim, só restava resolver as coisas oficialmente.

Vendo a situação, Júlio Dutra suplicou novamente: "Presidente Abbott, eu trabalhei para a família Abbott por dez anos. Se não tive méritos, ao menos tive esforços. Minha mãe é idosa, tem a saúde frágil e só de medicamentos são gastos milhares todo mês. Eu tenho um carro e uma casa financiados para pagar, e meu filho ainda está na escola. Se eu perder meu emprego, não conseguirei sobreviver."

Vital Abbott o olhou friamente: "Não precisa continuar se fazendo de vítima. Quanto você ganhou em todos esses anos na família Abbott, nós dois sabemos. Deixe a lei decidir agora!"

Percebendo que não havia espaço para negociação, um brilho sinistro passou pelos olhos de Júlio Dutra.

Ele levantou a cabeça, desafiador: "Fui promovido pelo próprio presidente Saulo Abbott, e se tiver que sair, será ele quem decidirá!" Contando com a velha amizade entre Saulo Abbott e seu pai, ele acreditava que Saulo o perdoaria.

Nesse momento, o telefone na mesa de Vital Abbott tocou, e ele atendeu: "Presidente Abbott, o presidente Saulo chegou e pediu para você descer imediatamente."

Do outro lado da linha, a voz de seu assistente.

"Certo, estou indo. E a polícia?"

Desesperado, Alfredo Nascimento se abaixou, tentando apaziguá-la: "Isabela, a mamãe disse que não devemos vir aqui sozinhos para ver o papai. Você não tem medo de deixar a mamãe brava?"

Isabela levantou a cabeça, hesitante: "Mas eu quero ver o papai. Enzo Dutra sempre zomba e me intimida porque eu não tenho pai!"

Alfredo Nascimento aproveitou o momento para ajudá-la a se levantar: “Vem comigo, o irmão vai te ajudar a dar uma lição nele. Pensa só, se por acaso a mamãe ficar brava e não fizer mais carne assada e costelinha agridoce para você, o que você faria?”

"Isso—, tudo bem!" Ao ouvir sobre suas comidas favoritas, Isabela, a pequena apaixonada por comidas, cedeu imediatamente.

Alfredo Nascimento olhou para trás e viu que Saulo e Lívia Abbott já estavam se aproximando rapidamente, apressou-se em puxar Isabela em direção à entrada da casa da família Abbott.

No entanto, tinham corrido apenas alguns passos quando viram um grupo de policiais uniformizados entrando pelo portão.