Quem posso amar com o coração partido? romance Capítulo 13

Carlito ficou um pouco surpreso, mas não disse nada.

Eu fechei os lábios, e comecei a falar em voz baixa: "E aquela noite de casamento, foi por quê?"

Lembro-me vagamente que passei a noite toda esperando na varanda.

Na noite de núpcias, deixar a esposa recém-casada e sair sem mais nem menos.

Achei que era algo muito sério, fiquei preocupada com a segurança dele e me perguntei se tinha feito algo que o desagradou, ao mesmo tempo em que esperava que ele voltasse logo para casa.

Na época, eu tinha apenas vinte e três anos, casada por engano com a pessoa que eu amava secretamente há anos.

Como eu poderia não ter expectativas em relação ao casamento e a ele?

Mas só hoje fiquei sabendo que, enquanto eu o esperava ansiosamente em casa, ele estava com outra mulher.

Tudo isso parece uma piada.

Carlito agora não esconde isso de mim, com uma voz suave e fria, ele diz: “Naquela noite, ela se envolveu em um acidente enquanto corria com seu carro, a polícia me ligou para buscá-la”.

Que coincidência.

Justamente no dia do nosso casamento, ela teve um problema, e ainda por cima, no meio da noite.

Mas eu lembro, apenas alguns dias depois do casamento, durante um almoço em família, ela estava lá, sem um arranhão sequer.

Eu abaixei a janela do carro, silenciei por um momento, e disse aparentemente calma: "Carlito, se você gosta dela, podemos terminar em boa maneira."

Ele freou bruscamente, parando o carro no acostamento, seu olhar fixo em mim, até mesmo raramente mostrando alguma emoção.

Finalmente não estava mais tão calmo e indiferente.

"Eu nunca pensei..."

"Buzz buzz"

A vibração de uma mensagem de texto interrompeu sua fala.

Ele deu uma olhada irritada, sua expressão de repente se tornou severa, sem hesitação disse: "Ela teve um problema, eu talvez tenha que ir lá ver."

"..."

Eu segurei o sabor amargo que se espalhava pelo meu peito, tentando controlar minhas emoções, olhei para ele sob a luz da rua.

A pessoa que eu costumava pensar dia e noite, agora me fazia sentir desiludida.

"Entendido."

Eu saí do carro, cansada.

“Espere um pouco, eu vou te pegar.”

Ela desligou o telefone às pressas.

Em menos de vinte minutos, um Audi Q3 branco parou na minha frente, ela abaixou a janela: "Entre."

"Me conta, o que aconteceu?"

Depois de entrar no carro, Leiria, enquanto dirigia, olhou para mim de canto: "Não me diga que você consegue andar oito ou nove quilômetros sozinha."

Ela pode parecer impetuosa e vibrante, mas é mais racional e atenciosa do que qualquer um.

Nunca pensei em mentir para ela, então contei a ela o que aconteceu de maneira simplificada.

Leiria ficou com uma expressão de interrogação, e disse palavrões: "Então essa tal de Adelina quer que Carlito se divorcie por ela? Que puta! E Carlito, o que ele pensa que está fazendo, não sendo claro com outras mulheres sendo casado? Eu acho que ele sabe muito bem o que está dando a entender!"

"E você, o que pensa?" Depois de xingar, ela perguntou.

"Ainda não decidi."

Eu sacudi minha cabeça.

Leiria estendeu a mão e me deu um tapinha na cabeça: "Você, você é inteligente em tudo, mas quando se trata de Carlito, você fica confusa. Uma refeição estragou sua vida inteira, só você que continua pensando nele, Carlito com certeza já esqueceu há oitocentos anos."