Quem posso amar com o coração partido? romance Capítulo 141

“Rosalina Castilho.”

Ele me olhava fixamente, com um turbilhão de emoções desconhecidas em seu olhar: "Eu me arrependo de ter ido ao cartório com você."

"Como assim?"

"Eu não quero me divorciar de você."

Sua voz grave parecia envolta em uma névoa.

"..."

Lambi meus lábios e apontei para o elevador que estava prestes a chegar: “Eu vou na frente”.

Tudo o que precisava ser dito já foi dito. Persistir nesse conflito só leva a mais desgosto.

“Eu disse que levaria você...”

“Carlito!”

As portas do elevador se abriram, revelando Adelina Ribas lá dentro, com um olhar surpreso e uma voz suave: “Você não disse que não poderia vir esta tarde? Você veio porque não consegue ficar longe de mim, não é?"

Não olhei para trás, passei por ela entrando no elevador, e após pressionar o botão do meu andar, nem sequer tive o interesse de ver qual era a expressão de Carlito Ribas.

Seja desamparo, irritação ou indulgência.

Para mim, já não importava mais.

O que eu preciso aprender agora, é a deixar ir. Deixar para trás alguém que eu persegui por oito anos, mas nunca consegui alcançar.

...

No caminho de volta para casa, recebi uma ligação de Everaldo Azevedo.

Atendi com um sorriso: "Senhor, o que aconteceu?"

"Seu projeto de design, alguém mais viu?" Sua voz soava seriamente cuidadosa.

Um mau pressentimento surgiu, reduzi a velocidade do carro, pensando com cuidado: "Além de Leiria, ninguém mais."

O projeto só passou uma noite no escritório, fora isso, nunca saiu de casa.

Houve um breve silêncio do outro lado, e não pude evitar perguntar: "Aconteceu alguma coisa?"

"É melhor conversarmos pessoalmente, posso ir até você?"