Quem posso amar com o coração partido? romance Capítulo 26

Eu imaginava que a cena seria eu a pedir o divórcio e ele a concordar de bom grado.

Seria digno e simples.

Leiria Ramos perguntou: "O que ele disse?"

"Ele disse..."

Ao pensar naquelas palavras, senti-me extremamente frustrada: "Ele disse que eu gostava do Senior Azevedo."

"???"

Leiria ficou perplexa, e com raiva, acabou a rir: "Como é que ele pensa? Na universidade, Alexsandro Nunes e os outros já tinham percebido que você gostava dele. Uma vez até me perguntaram, e ele achou que você gostava do Everaldo Azevedo???"

"Foi por isso que eu não aguentei e bati nele."

Meus cílios baixaram, e eu não pude deixar de me sentir um pouco injustiçada.

Era como se tivesse feito um esforço inútil por sete anos.

Ou talvez, ele nunca realmente me prestou atenção , a ponto de nem saber de quem eu gostava.

Leiria trouxe para dentro duas grandes sacolas de produtos frescos, incluindo ovos e leite, e os colocou cuidadosamente na geladeira vazia.

Eu ia ajudar, mas ela afastou minha mão: "Você esqueceu-se de que está grávida? Vá sentar-se."

"Como é que eu nunca percebi que você tinha potencial para ser uma donzela trabalhadora?" Eu disse, rindo.

"Cuidar da grávida começa por mim."

Leiria arrumou tudo rapidamente e trouxe algumas latas de cerveja, encostou-se no meu ombro e começou a beber lentamente.

A luz brilhava lá fora.

Nós duas ficamos em silêncio por muito, muito tempo.

Depois, ela arrotou por causa da bebida e perguntou devagar: "Rosa, você acha que ainda existem homens bons neste mundo?"

"Existem."

Eu sempre vi um grande homem no meu pai e frequentemente via a felicidade no rosto de minha mãe.

Dizem que para saber se um marido é bom, basta olhar para a esposa.

Leiria apertou os olhos e sorriu astutamente. "Então, vou rezar dia e noite para que a próxima pessoa de quem você gostar seja um homem bom."