Quem posso amar com o coração partido? romance Capítulo 260

Franzi a testa, e capturou o ponto principal da questão: "Por mim? Ele se machucou novamente por minha causa?"

Murilo coçou a cabeça, "Sim..."

Eu me esforcei para lembrar, mas não consegui pensar em nada recente que pudesse ter causado problemas para Carlito.

Nós mal tivemos contato nos últimos dias.

Murilo parecia hesitante. Então decidi ir direto ao ponto: "Se você não falar, vou perguntar diretamente a ele."

"Não..."

Murilo finalmente desabafou: "Foi por causa aquele episódio no prédio abandonado nos arredores da cidade. Você se lembra, não é?"

"Lembro."

Como poderia esquecer a primeira vez que fui sequestrada?

Mas achei que aquilo já estivesse resolvido.

Ao mencionar isso, Murilo ficou irritado, "Aquele Julio, o careca, não estava nos pressionando para ceder aquele terreno no oeste da cidade para ele? Quando ele percebeu que não podia lidar com isso, voltou a procurar o Sr. Ribas e quis ficar com oitenta por cento dos lucros. Mas o Sr. Ribas não aceitou."

"Então?"

"Na noite retrasada, ele ficou desesperado e tentou forçar o Sr. Ribas a ir até o seu território para pressioná-lo a aceitar. Mas seus capangas foram tão estúpidos que causaram um grave acidente no meio da rua quando tentaram parar Sr. Ribas."

Ao ouvir isso, senti um turbilhão de emoções.

Era mesmo por minha causa.

Murilo, viu minha expressão, e falou na hora certa: "Senhora, o Sr. Ribas não gosta que outros o toquem, e você sabe disso. Eu sou só um brutamontes, e não consigo cuidar dele direito..."

Apertei a palma da mão, "Entendi."

No fim das contas, foi por tentar me salvar que ele se envolveu nesse problema.

Quando entrei novamente, Carlito estava tentando deitar na cama. Mas a dor do ferimento o fez franzir a testa.

"Por que não chamou alguém?"

Me aproximei para ajudá-lo a deitar, usando minha força.

"Não preciso de outros."

Ele disse calmamente, puxando-me de modo que quase caí sobre seu ferimento. Havia uma expectativa em seus olhos: "Você está preocupada comigo?"

Parecia muito satisfeito com isso.

Assim, estaríamos quites.

Ele me observou, penetrando em meu íntimo, "Você está com medo?"

O clima ficou tenso instantaneamente.

Com um ar de dignidade, respondi, "Medo de quê?"

"Medo de voltar a..."

Sua voz rouca parou no meio da frase quando a enfermeira entrou, "Sra. Ribas, trouxe um lanche para o Sr. Ribas e para você."

Depois, colocou as frutas e sobremesas na mesinha de centro.

O clima tenso se dissipou. Eu aproveitei para relaxar, olhando para Carlito, "Qual você quer?"

"Qualquer um."

Ele estava um pouco irritado por ter sido interrompido pela enfermeira, e sua resposta não foi tão paciente.

Levei um prato de frutas até a beira da cama, oferecendo a ele, "Coma algumas frutas para repor as vitaminas."