O Destino de Isabella (completo com mais um bônus ) romance Capítulo 109

°Marina°

Observei o Davi se afastado de mãos dadas ao Daniel, os dois se parecem muito mesmo tendo idades distintas. Agachei perto do Rodrigo encarando seus olhos castanhos perdidos. Ele parece sentir-se menor diante do meu olhar, encolhe-se perante mim.

_Apesar de você ter sido um babaca ultimamente, você não é mau, Rodrigo. Você é um só carinha perdido querendo descontar suas tragédias nas pessoas._Digo ganhando seu olhar pra mim._Você pode mudar tudo isso se quiser, você que decide.

_Tenho algo a mais pra confessar, Marina._Seu estado de embriaguez parece ter diminuído._Talvez me envergonhe mais por isso do que pelo quis fiz há poucos minutos.

Engulo seco tentando não pensar que ele pode ter matado alguém e escondido o cadáver no quarto do Davi para incriminá-lo. Levanto a sobrancelha esquerda incitando-o a continuar.

_A Jenny tá grávida e eu sou o pai. Obriguei ela a conseguir transar com o Davi para colocar a responsabilidade da criança sobre ele._Sua voz fraqueja._Mesmo que ela conseguisse, não iria funcionar. Ela deve estar indo para o terceiro mês.

_Você o quê?_Berro jogando minha mão no seu rosto com força._Me trair tudo bem, eu nunca te amei. Mas querer fazer isso com o Davi? Que tipo de mulher essa Jenny é pra aceitar isso?

_Você não ouviu quando eu disse que eu a obriguei?_Sua voz entrega todo seu nervosismo._Eu estou confessando isso a você porque eu quero acertar, Marina. Você acha que não me envergonho por isso? Que não sei o monstro que me tornei? Eu vou tentar corrigir tudo que fiz, mas sozinho eu não consigo.

Pisquei os olhos algumas vezes tentando não acertar mais um tapa no rosto de Rodrigo. Que cafajeste!

_Vamos pro hotel. Lá você vai chamar a Jenny até seu quarto e vai dizer que vai assumir a criança._Estendo a mão para ele._Esse é só o início, Rodrigo. Você terá muito o que fazer pra conseguir se redimir por tudo que causou.

Ele aceita a minha mão e então o ajudo a ficar de pé. Voltamos caminhando para o prédio, boa parte da sua embriaguez tinha se esvaído. Já na porta do seu quarto, parei para encará-lo.

_Tome seu banho, deixe que eu chamo a Jenny. Voltamos em alguns minutos para conversarmos melhor._Toco em seu ombro._Se você não fizer nada de coração, não vai adiantar. Espero que tudo isso seja verdadeiro.

Caminho até o quarto da Jenny batendo na porta logo após. Escuto os passos dela aproximando-se da porta, logo a mesma é aberta e a expressão de susto toma conta do seu rosto.

_O que você veio fazer aqui?

_Falar do pai do seu bebê, posso entrar?

Vejo ela engolir seco e logo abre mais a porta para que eu passe. Seu quarto estava organizado, reparei no notebook em cima da sua cama aberta em uma página sobre bebês. Ao me aproximar, constatei que era sobre como tirar um bebê.

_Você quer tirar a criança?_Perguntei cruzando os braços e encarando-a com uma sobrancelha levantada.

_Eu... Eu...

_Não faça isso, Jenny._Desarmo compadecida pela sua expressão de desespero._É só uma vida inocente que depende de você. O Rodrigo já me confessou tudo e ele vai assumir a criança.

_Ele o quê?_A felicidade e o espanto na sua voz é palpável._Você está falando sério?

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