Rainha das Lágrimas: A Última Batida do Coração romance Capítulo 172

Kermit parou bruscamente, surpreso. Orelia tinha mesmo enfrentado Gelasio?

"Não se bate no rosto, lembre-se disso." Kermit esboçou um sorriso, como se tivesse renascido naquele instante.

"Se achando..." Gelasio lançou um olhar de desdém para Kermit, suspirando. "Kermit, você precisa parar e pensar seriamente sobre o seu futuro com Orelia. Ao menos, você deveria entender do que ela tem medo. Orelia é muito tímida, ela está acostumada a ser intimidada, já não consegue mais reagir."

"Realmente, fui imprudente. Ela sempre foi assim, colocando os outros em primeiro lugar, e Osíris sempre soube como ameaçar as pessoas." Kermit virou-se, contemplando a paisagem fora do prédio, permanecendo em silêncio por um longo tempo.

"Eu preciso me esforçar mais, me tornar mais forte, para poder oferecer a Orelia a segurança que ela deseja." Ao menos, não deixar que Orelia seja ameaçada por sua causa.

"Então, até você ser capaz de protegê-la, não a coloque em mais problemas." Gelasio deu um tapinha no ombro de Kermit antes de se afastar.

...

Na antiga mansão da Família Ramos.

O Sr. Gerson tinha recebido alta do hospital e precisava de repouso em casa.

"Sr. Gerson, nesse período, eu e Ore vamos ficar aqui, cuidando do senhor." Após a partida do médico da família, Osíris sentou-se ao lado da cama para confortá-lo.

"Vocês dois, hein... Ah." Sr. Gerson balançou a cabeça. "Já estão crescidos, têm suas próprias ideias, não precisam fazer nada por mim."

Osíris sentiu-se desconfortável, Sr. Gerson sempre conseguia ler seus pensamentos.

Ele estava forçando Orelia a voltar.

"Ore, se você está ocupada com o trabalho, vá trabalhar. Não precisa ficar em casa cuidando deste velho."

Orelia parecia desconfortável, negando com a cabeça. "Sr. Gerson, eu não estou ocupada. Osíris que está, deixe ele trabalhar. Eu fico em casa com o senhor."

Osíris deu um sorriso, servindo água para Sr. Gerson e oferecendo um suco para Orelia. "Eu não estou ocupado, fico em casa com vocês."

Orelia franziu a testa, recusando-se a pegar o suco.

"O que você quer comer à noite?" Osíris, bloqueando a visão de Orelia, forçou o suco em sua mão.

"O que a tia fizer, eu como." Orelia respondeu, dentes cerrados.

"Quem disse que seria a tia..." murmurou Osíris, saindo do quarto.

Seu avô havia deixado um testamento? "Sr. Gerson, meu avô preparou Osíris para ser o herdeiro, por que deixar esse testamento? Isso só traz instabilidade para a empresa."

O coração de Orelia doeu, agora ela entendia por que os Lacerda estavam tão determinados em se casar com ela.

Por ter se casado com ela, foi possível obter tudo da Família Ramos?

O que o avô tinha em mente ao fazer isso...

"A causa da morte dos seus pais sempre foi uma preocupação constante para o velho senhor, e embora eu também não entenda completamente os motivos dele, provavelmente... foi para te oferecer proteção e evitar que Osíris pensasse em se divorciar de você."

Orelia endireitou-se, rígida.

O avô... também tinha suas dúvidas sobre Osíris?

Por preocupação, foi que ele deixou um testamento desse tipo?

"Você, desde pequena, sempre foi tímida, nunca brigou ou disputou por nada. Quando o velho senhor perguntou o que você queria antes de partir, você não pediu nada. Como ele poderia ficar tranquilo assim?"