Rainha das Lágrimas: A Última Batida do Coração romance Capítulo 24

Osíris não conseguia imaginar o que havia acontecido com Orelia, que normalmente era tão gentil e bondosa.

Por que ela diria algo tão cruel?

Hedy sofria de depressão, como Orelia poderia incitá-la a se matar.

Isso não era diferente de cometer um assassinato!

Hedy sempre respeitou sua irmã mais velha. O que Orelia poderia ter contra Hedy para nutrir tanto ódio?

Seria por causa daqueles rumores?

Ele já havia explicado, era apenas para aumentar a popularidade de Hedy!

Quando foi que ela se tornou... tão assustadora?

"Ore..." Mas ao ver Orelia caída no chão, com a testa sangrando, Osíris correu para ajudá-la, apesar do choque.

"Não me toque!" Orelia gritou, sem forças.

Ela se levantou com dificuldade... ainda capaz de andar.

"Orelia..." Osíris não entendia o que estava acontecendo com ela.

Era como se a Orelia que ele conhecia há dez anos nunca tivesse existido.

Ele mal havia tocado nela, mas Orelia... parecia ter caído de propósito.

O que ela queria fazer?

As pernas de Orelia tremiam, a porta do elevador se abriu, e ela entrou com dificuldade.

"Vamos ao hospital..." Osíris entrou atrás, querendo levá-la ao hospital.

"Nos encontramos na frente do tribunal, pela última vez... Se você não concordar com o divórcio, 20% das ações serão transferidas imediatamente para Jeremias, sem condições. Estou falando sério." Orelia ameaçou Osíris.

Parecia que, se ela se divorciasse de Osíris, seu mundo ganharia uma nova vida.

Ela estava desesperada, desesperada, ansiosa para viver.

Ela era como um peixe encalhado na praia, lutando freneticamente para voltar ao mar.

Ela estava sufocando, queria respirar, queria viver.

As mãos de Osíris se fecharam com tanta força que doeram.

"Eu te levo de carro."

"Não precisa..." Orelia soltou a mão de Osíris e saiu da empresa, a passos lentos.

Todos na empresa observavam Orelia, cujo o sangue escorrendo pelo queixo e manchando sua camisa branca.

Quando chegou a um lugar deserto, Orelia, com as mãos tremendo, tirou um analgésico da bolsa e engoliu.

Era amargo?

Ela já estava tão entorpecida que não podia sentir.

Respirando com dificuldade, ela abraçou-se e se encolheu lentamente num canto, encostada na parede.

Hoje... era o aniversário de morte de seus pais.

Depois de dez anos conhecendo Osíris, e três anos como sua esposa, mesmo que não houvesse amor, por que ele a machucaria?

O médico estava certo, ela ainda era jovem, ela melhoraria.

Apenas se afastando de Osíris...

Somente longe de Osíris...

Seu coração poderia voltar a ser seu.

"Está satisfeito?" Depois de assinar os papéis, Osíris olhou para a certidão de casamento que agora era uma certidão de divórcio.

Sentiu uma irritação inexplicável, ele até achou essas três palavras excepcionalmente dolorosas.

Olhando de relance para Orelia, sentada em silêncio, naquele momento... ele se sentiu estranhamente distante.

Um momento atrás, essa mulher ainda era sua esposa, mas agora, ela não era mais.

Ela poderia se tornar a esposa de outra pessoa...

Ele pensou que não se importaria, mas só de pensar, sentia-se sufocado.

"A transferência das ações já foi assinada. Agora... você está livre." Orelia havia dado tudo a Osíris.

"Osíris... Daqui em diante, que cada um siga seu caminho em paz."

Orelia pegou sua própria certidão de divórcio e saiu sem olhar para trás.

Ao se divorciar, ela entregou tudo a Osíris, incluindo todo o seu amor.

Mas Osíris, não lhe deu nada em troca, nem um centavo, nem um imóvel, nem sequer uma palavra de carinho.