Rainha das Lágrimas: A Última Batida do Coração romance Capítulo 543

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"Chamei você hoje aqui e não é por nenhum outro motivo, relaxa, não vou te fazer mal..." Eurico já não tinha mais razões para ferir Orelia.

Chegar a este ponto foi consequência de seus próprios atos, algo que ele já esperava. "Te chamei só para contar uma história."

Orelia franziu a testa. "Contar uma história?"

Ah, esse cara tem tanto tempo livre assim?

"A Família Batista, originalmente uma das mais respeitadas na Cidade Oceano, não era das mais ricas, mas era reconhecida por sua tradição e educação." Eurico levantou-se, começando a contar sua história com Cidália.

Cidália era filha da Família Batista, criada com luxo e estudando balé desde pequena, uma verdadeira dama.

Ela tinha uma aura de pureza, agilidade e nobreza em sua essência.

Mesmo quando teve que dançar em casas noturnas, manteve sua elegância inata e distante.

"Eu e sua mãe nos conhecemos desde crianças, e nossas famílias tinham um acordo verbal de que, quando crescêssemos, nos casaríamos e uniríamos as famílias."

Cidália e Eurico eram amigos de infância.

Cidália teve uma queda por Eurico, que foi seu primeiro amor.

E Cidália foi a única mulher que Eurico amou, até hoje.

"Só amei uma pessoa na vida, que foi sua mãe." Eurico parecia distante, como se lembrasse de algo.

"Seu amor é cruel, destruir tudo só porque não podia ter, até mandar matar minha mãe?" A voz de Orelia estava carregada de emoção.

"Você pode não acreditar, mas a morte da sua mãe foi algo que eu não esperava." Eurico sentia uma dor profunda ao falar da morte de Cidália. "Eu só queria que a segurassem, custasse o que custasse, Sirineu podia morrer, mas Cidália não. Mas Timoteo não me ouviu."

Orelia olhava para Eurico com ódio, no final das contas, tudo foi um plano dele.

"Você destruiu a mim, a Osíris, a nossas vidas por egoísmo! Mesmo que odiasse Nereida, Osíris era inocente, era seu filho! Como pode ser tão cruel?" Orelia gritava chorando.

Eurico baixou os olhos, sorrindo tristemente. "Nereida o usou como peão, como eu poderia aceitar esse filho?"