"Minha irmã é a melhor," Kermit levantou o polegar.
"Para de puxar o saco e vai logo cuidar da sua amada," Fiora provocou antes de perguntar novamente. "Quando é que a Orelia deve ter o bebê?"
"Mais três meses," Kermit respondeu com precisão, mas sem demonstrar intenção de ir para casa.
"O que foi? Ainda não vai embora? Te dei a chance de sair mais cedo e você não aproveita." Fiora sorriu.
Estariam brigados? Impossível, seu querido irmão não ousaria discutir com Orelia.
"Orelia..." Kermit sentou-se no sofá, demorando um pouco para falar novamente. "Acho que ela ainda não superou o Osíris."
"O que houve?" Fiora não entendia.
"Ela tem medo, nos pesadelos ela chama pelo nome de Osíris..." Kermit estava preocupado que Orelia pudesse se lembrar de algo.
"Não seja tão ciumento. Afinal, ela já amou esse homem. Como pode esquecer tão rápido? Ela está se esforçando muito para esquecer o Osíris, até tentou apagá-lo da memória." Fiora tentou acalmar Kermit.
Kermit balançou a cabeça.
"Você não entende... Às vezes, sinto que ela olha através dos meus olhos, vendo outra pessoa." Era estranho.
"Você deveria procurar um psicólogo," Fiora sugeriu sem paciência.
Kermit não disse mais nada. "Instalei câmeras do lado de fora de casa. Quando saio, fico preocupado, então vejo pelo celular... Osíris leva frutas para Orelia todos os dias. Ela pega quando ele vai embora, mas nunca me contou."
"Tem certeza de que é o Osíris?"
Fiora ficou chocada.
Será que Osíris não morreu?
"Não tenho certeza, usa boné e máscara, não dá para ver os olhos, mas o corpo é parecido."
"Não pense demais. Ore deve achar que é uma entrega sua," Fiora tentou tranquilizar Kermit. "Lembre-se, mulheres em um segundo casamento são mais sensíveis. Não podemos ser tão despreocupadas como na primeira vez, tudo parece ser mais cauteloso. Se Orelia esquecer disso, talvez se sinta mais à vontade..."



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