Grupo Ramos.
Frederico teve alta do hospital, mas seus pontos ainda não haviam sido removidos.
"Você deveria estar descansando em casa, por que essa teimosia?" Jeremias Queirós franziu a testa, claramente preocupado, mas ainda assim mantendo a pose.
"Não quero que você se sinta inferior." Fredeico deu um sorriso cínico.
Jeremias soltou uma risadinha. "Seu ferimento foi leve demais."
"As duas empresas compradas pelo Grupo Longo tiveram uma quantidade enorme de provas destruídas. Tony está eliminando evidências, ele certamente vai tentar tirar o que você tem em mãos. Fique atento nesses dias." Jeremias aconselhou seriamente.
Tony estava ansioso para limpar sua barra, e realmente não havia sujeira no Grupo Longo que pudesse ser investigada.
Mas Tony adquiriu duas empresas do Grupo Lacerda, claramente pretendendo destruir provas.
Só que, em um deslize, algumas provas se misturaram com documentos de outras empresas e acabaram nas mãos de Fredeico.
Fredeico ainda não havia entregue as provas à polícia; elas não eram suficientes para prender Tony.
Provavelmente Tony temia que a demora trouxesse complicações.
Sem mais provas, aquelas evidências só mostravam que as duas empresas do Grupo Lacerda haviam realizado transações ilegais, mas não provavam a participação de Tony.
Afinal, as empresas eram do Grupo Lacerda, Tony poderia facilmente culpar Eurico.
Eurico já estava morto, e os mortos não se defendem.
"Ele pode tentar me atingir, mas temo que ele vá atrás de Dolores." Fredeico estava mais preocupado com Dolores.
Desde que algo aconteceu com Eurico, Fredeico não conseguiu ter uma noite de sono tranquila.
Ele sabia que, enquanto Eurico e Osíris estavam por perto, eles eram escudos invisíveis para ele. As pessoas não focariam nele nem o machucariam.
Agora era diferente; com Eurico e Osíris fora do caminho, ele se tornara um alvo exposto à luz do sol.
Eurico fez muitos inimigos, e muitos olhos cobiçavam sua posição.
Como filho de Eurico, Fredeico naturalmente se tornaria alvo de muitos.


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