Recasamento: Ele Me Planejou Há Muito Tempo romance Capítulo 3

Idiota número dois.

Era o jovem mestre da Família Martins, Vinicius Martins.-

Também era um dos admiradores de Vanessa.

Vinicius, que está no segundo ano da faculdade este ano, tem um rosto excessivamente bonito, como o de uma boneca.

Ele sabe como fazer charme. E sua uma voz era tão doce e lamentável que faz alguém querer tocar nele, como se quer tocar num Samoieda doente.

Infelizmente, é como jogar beijos para um cego.

O personagem de Victoria é de uma mulher direta e inexpressiva como o aço.

Ela respondeu sem entender a insinuação:

"Desculpe, meu marido bebeu demais. Preciso cuidar dele."

"Se você está se sentindo mal, pode ir ao hospital. Quer que eu chame uma ambulância para você?"

No topo da janela do chat, mostrava "a outra pessoa está digitando".

Após um breve momento, Vinicius enviou outra mensagem de voz.

"Irmã, estou me sentindo muito mal. Queria comer a sua comida. Posso te pagar o dobro... não, dez vezes mais."

Dizendo isso, ele transferiu uma quantia de dinheiro para ela.

Não era muito, apenas cem mil.

"Bem, tudo bem então." A resposta de Victoria veio relutante.

Mas ela agiu rapidamente.

Ela despejou a sopa que havia preparado para curar a ressaca do marido André numa garrafa térmica, e adicionou coptis, gentiana e sophora, tornando o cheiro amargo mais evidente com o vapor.

Ela sorriu e saiu da cozinha.

—"Onde você vai tão tarde da noite?"

Uma voz profunda e fria soou.

Um vulto alto estava parado na sala de estar da mansão, iluminado por uma luz amarelada que destacava seus olhos e sobrancelhas afiadas.

Era o marido dela, André.

O homem fixou o olhar na marmita térmica nas mãos de Victoria, com uma expressão séria.

Victoria disse a verdade, "Vou ver um irmão. Ele está se sentindo mal e quer que eu vá vê-lo. Você quer vir comigo?"

André soltou uma risada de escárnio.

"Irmão?"

"Ok, traga-o algum dia para eu ver, para eu avaliar."

Pelo tom dele, Victoria sabia que ele não acreditava.

O clima ficou um pouco tenso.

André massageou as têmporas doloridas, a sua voz estava rouca devido ao álcool, "Numa semana é o aniversário de 70 anos do velho senhor. Eu vou fingir ser um marido amoroso com você — mas não pense que eu realmente vou gostar de você."

Victoria assegurou: "Não se preocupe. Eu não gosto de você."

André soltou um resmungo frio, sem dizer mais nada.

Ela não gostava dele? Então, quem havia drogado ele naquela noite?

Sem vontade de expor Victoria, ele olhou para o abdômen plano dela, e provocou: "Três meses e ainda não está mostrando? O velho senhor está esperando pelo neto. Você sabe, se o avô descobrir que foi enganado, ele é capaz de fazer qualquer coisa."

Dizendo isso, ele sorriu friamente e voltou para o quarto descansar.

Victoria parou por um momento, com suor frio na testa.

Ela havia esquecido esse detalhe.

Três meses atrás, o seu pai havia tramado contra André, drogando sua bebida e forjando um ultrassom de gravidez para forçar um casamento com a Família Veloso.

Teoricamente, era um apoio confiável.

Victoria decidiu tentar.

Afinal, este era o único personagem no livro que não gostava da protagonista, Vanessa.

Ela colocou de lado sua marmita térmica e contatou um serviço de entrega rápida para enviar uma sopa para curar ressaca com ingredientes adicionais para Viniciu. Ela, planejava usar a noite para descobrir os gostos de Ramires.

Estava prestes a sentar quando uma parte da história invadiu sua mente.

Hoje era sete de julho, seu aniversário.

E Ramires havia morrido na madrugada deste dia, num acidente na Rodovia JK.

Ela olhou para o topo do seu celular, que marcava 00:40.

E o horário da morte de Ramires era:

Sete de julho, 00:44.

Um arrepio percorreu o corpo de Victoria. A seu sangue parecia gelar. Um sentimento de impotência a invadiu, como se estivesse presa numa enorme caverna. E quando ela estava prestes a encontrar a saída, apenas viu a única passagem ser bloqueada diante de seus olhos.

Ela correu escada acima para pedir a André o contato de Ramires.

Mas André havia tomado um remédio para dormir e não despertava.

Victoria estava ansiosa. Ela ligou o celular de André. Mas, como havia acabado de ligar, não podia usar a identificação por digital ou facial para desbloqueá-lo.

Ela tentou várias senhas, inclusive o aniversário de Vanessa. Mas nada funcionava.

O tempo passava a cada segundo.

Ela não sabia exatamente quais números tinha digitado na confusão. Por coincidência, a tela de bloqueio foi desbloqueada.

E já eram 00:44.

Depois de discar para o número salvo como "Irmão mais velho", ela não teve tempo para formalidades, dizendo de maneira concisa e rápida: "Ramires, pare o carro!"