Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1011

Ele precisava de uma resposta dela. Tudo parecia bem antes dele partir, ela até tinha concordado, então por que agora, ao telefone, ela permanecia em silêncio?

O rosto de Rafael Souza esfriou, e seus olhos se tornaram sombrios.

"Patrícia Ribeiro, se você não falar agora, vou ficar zangado."

Patrícia Ribeiro respirou fundo, tentando responder.

Mas sua garganta estava tão dolorida, como se uma mão enorme a estivesse estrangulando. Ela mal conseguia respirar, e as lágrimas escorriam ainda mais intensamente.

Seu corpo tremia violentamente, inclinando-se para frente involuntariamente, uma mão cobrindo a boca, temendo que seus soluços escapassem.

Ela agarrou o casaco ao seu lado, querendo deixar aquele lugar, mas ao se mover, bateu em algo com a perna.

No entanto, ela não sentia dor, como se todos os sentidos do seu corpo tivessem sido arrancados num instante.

Esse lugar a fazia se sentir nauseada.

A voz de Rafael Souza ainda ecoava do outro lado da linha.

"Você está tentando fugir da responsabilidade de novo?"

Desta vez, seu tom carregava um traço de mágoa, e logo depois, a ligação foi encerrada.

Patrícia Ribeiro saiu do quarto, percebendo que estava em um hotel, mas não era um dos hotéis da família Souza.

Ela rapidamente contatou Giselle Assunção, pedindo que viesse buscá-la.

Então, ela ficou parada à beira da estrada, sentindo o sol escaldante sobre sua cabeça, fazendo-a sentir tontura.

Giselle Assunção chegou rapidamente e, ao vê-la, ficou confusa.

"Presidente Ribeiro, você não disse que queria descansar por alguns dias?"

Patrícia Ribeiro não respondeu, sentando-se no banco traseiro com a voz rouca: "Vamos para Serralvorada."

Giselle Assunção olhou para ela pelo espelho retrovisor, notando que as marcas em seu corpo estavam piores. Será que era novamente por causa de Rafael Souza?

Mas não era dito que Rafael Souza tinha ido para o exterior?

Depois que o carro parou em Serralvorada, Patrícia Ribeiro não disse nada, simplesmente desceu e entrou direto na casa.

Ela foi para o seu quarto, tomou um longo banho antes de sair, quase esfolando uma camada da própria pele.

Ela não sabia o que estava acontecendo, apenas sentia que o sonho dos seus anos mais jovens tinha sido brutalmente destruído, não apenas o passado, mas até mesmo os bons momentos atuais foram arruinados.

Ela não ousava olhar as marcas em seu corpo, sentindo vontade de vomitar, mas sem conseguir expelir nada.

A sensação de ter traído Rafael Souza martelava seu coração como um tambor, causando uma dor que a fazia tremer.

Para ela, uma vez casada, mesmo que fosse só de fachada, tinha que se manter fiel e íntegra, independentemente do gênero.

Quando Thais Dias falava sobre assuntos íntimos, Patrícia sentia vergonha, achava aquilo impróprio.

Mesmo depois de ter sido intensamente despertada por Rafael Souza, o que a fez aceitar certas coisas, ela não conseguia se conformar com o fato de, após gostar de Rafael, ter sido forçada a se envolver com outro homem por dois dias.

Era um pensamento insuportável, não só pelo desconforto físico, mas pela dor no coração.

E aquele acordo que ela havia mantido com tanto esforço, agora parecia uma piada.

Em um sonho, ela ouviu uma voz gentil e sentiu uma mão acariciando sua testa.

"Ela está com uma leve febre, só precisa de uma hidratação intravenosa e ficará bem."

Maria Monteiro olhava ansiosa para o jovem médico.

Ela acabara de ligar para o médico particular da família em Serralvorada, mas ele estava fora da Cidade Capital e recomendou um amigo para fazer a visita.

Esse "amigo", usando uma máscara, era um visitante inédito na casa, o que fez com que os seguranças o revistassem completamente.

Ele não retirou sua máscara em momento algum, alegando que estava resfriado e não queria arriscar passar a infecção para Patrícia Ribeiro.

Assim, a máscara permaneceu no rosto durante toda a visita.