Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1038

Patrícia Ribeiro ergueu a mão, tocando sua testa, e percebeu que a febre realmente havia passado.

"Giselle Assunção, você tem certeza de que não prefere descansar em casa? Sou uma empresária, e realmente preciso que você volte comigo para a empresa agora, mas trabalhar pressupõe, antes de tudo, cuidar da própria saúde."

"Presidente Ribeiro, eu já estou bem."

Patrícia Ribeiro então não insistiu mais, e as duas apressaram-se em ir para a empresa.

Na semana seguinte, Patrícia Ribeiro mal voltou para casa, exceto pelas poucas vezes em que foi e sempre encontrou Rafael Souza à sua espera na Serralvorada.

Mas ela estava tão ocupada que, em cada ocasião, apenas pegava algumas peças de roupa e saía às pressas, deixando apenas um beijo na bochecha dele antes de pedir que ele fosse dormir.

De início compreensivo, Rafael Souza passou por uma semana de silêncio após ser consecutivamente negligenciado.

Na última vez que voltou à Serralvorada, Patrícia Ribeiro não o encontrou.

Ela estava tão ocupada que ligou para ele, mas a chamada não foi atendida.

Ela pensou em dirigir até a família Souza para verificar, mas assim que entrou no carro, recebeu uma ligação urgente do escritório pedindo que ela voltasse para uma reunião.

Atualmente, ela dispunha de apenas meia hora de descanso por dia, tempo que dedicava para se alimentar.

Quando começou a refletir sobre seu relacionamento com Rafael Souza, percebeu que já faziam três dias desde o último contato entre eles.

Patrícia Ribeiro levantou-se, prestes a ligar para Rui e perguntar se Rafael Souza estava em uma reunião.

Mas, antes que pudesse fazer a ligação, a recepção ligou.

"Presidente Ribeiro, seus pais biológicos estão aqui na empresa, querendo vê-la."

Patrícia Ribeiro quase pensou ter ouvido errado.

A voz da recepcionista estava trêmula.

"Eles disseram isso e até mostraram sua certidão de nascimento. Presidente Ribeiro, você deseja descer para vê-los?"

Patrícia Ribeiro lembrou-se de que Cassio Camarillo, certa vez, perguntou sobre sua origem, mas ela nunca pensou em investigar a fundo, pois sempre considerou Beatriz Pereira sua mãe, temendo também descobrir que tinha sido abandonada.

E agora, seus pais biológicos apareceram.

Ela imediatamente desligou o telefone e, ao descer, viu os supostos pais na recepção.

Ambos vestiam-se de forma simples, e a mulher, ao vê-la, correu em sua direção, chamando-a.

"Patrícia."

Mas Norah Oliva estava claramente convencida de que ela era a filha perdida deles.

"Patrícia, nós também tivemos muita dificuldade para te encontrar, você não pode simplesmente nos negar, seu irmão também precisa de você."

Patrícia Ribeiro ficou em silêncio enquanto pedia à recepcionista que trouxesse chá.

"Meu irmão?"

"Sim, nosso filho. Alguns anos atrás, ele veio trabalhar na Cidade Capital e foi injustamente acusado e preso. Ele tem que cumprir dez anos. Agora que você é uma diretora executiva, com certeza tem como tirá-lo daí, não é? Seu irmão já está na casa dos vinte e ainda não encontrou uma namorada. A família dela nos despreza por sermos pobres e não podermos pagar um dote. Mas você, como sua irmã, certamente estaria disposta a ajudar com esse pequeno valor."

Norah Oliva terminou de falar e Jerônimo Morais deu-lhe um puxão de leve.

"O resultado do exame ainda não saiu, podemos falar dessas coisas mais tarde."

No entanto, Norah Oliva segurou a mão de Patrícia Ribeiro, com palavras que pareciam sinceras, mas cada frase parecia querer sugar o sangue de Patrícia.

"Se você pudesse nos fornecer um emprego estável, também seria bom. Nos deixe trabalhar na sua empresa. Quando você nasceu, eu quase morri de tanto sangrar. Depois que você foi levada, eu quase morri."

Jerônimo Morais concordou ao lado, "Isso é verdade, sua mãe quase morreu várias vezes por sua causa."

Patrícia Ribeiro observava os dois, alternando entre si, praticamente dividindo toda a sua fortuna entre eles.