Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1100

Rafael Souza pegou um lenço de papel ao lado, limpando o sangue que escorria pelo canto da boca.

Ao pensar em Patrícia Ribeiro e Ayrton Souza em algum lugar distante da Cidade Capital, talvez zombando dele enquanto se entregavam à paixão, chamando-o de tolo por ser facilmente manipulado por uma mulher, os olhos de Rafael Souza se encheram de lágrimas, e seus dedos cravaram-se na borda da mesa de escritório.

Seu celular tocou naquele momento, era Rui, informando que havia localizado a posição exata de Leonardo Souza.

"Presidente, você vai conosco?"

Rafael Souza sabia que precisava se ocupar com algo, levantou-se sem hesitar, mas foi interrompido por Marina Santos, que segurou a bainha de sua roupa.

"Eu também quero ir. Já que você prometeu considerar a minha presença, deixe-me ao menos observar de longe, não perturbarei você."

Rafael Souza não disse nada, apenas retirou sua roupa das mãos dela.

Um sorriso floresceu no rosto de Marina Santos, que começou a segui-lo de perto.

Chegando ao estacionamento subterrâneo, Marina Santos estava prestes a sentar no assento do passageiro, mas, pensando melhor, escolheu o banco de trás.

"Rafael, querido, fique tranquilo, não vou pressioná-lo. Eu disse que esperaria por você, então não farei nada que te deixe desconfortável."

O lugar de copiloto era geralmente reservado para Patrícia Ribeiro.

Um olhar de rancor passou pelos olhos de Marina Santos. Quando o coração de Rafael Souza finalmente fosse dela, ela planejava vingar-se de Patrícia Ribeiro de forma cruel, tornando-a a mulher mais desprezada do mundo.

Ela até sonhava com o dia em que enviaria o convite de casamento dela com Rafael Souza para aquela mulher desprezível.

A mera ideia fazia o canto de sua boca se curvar em um sorriso.

Rafael Souza não respondeu, apenas acelerou o carro.

Rui já havia enviado a localização exata, não muito longe da área urbana, em um bar nos subúrbios.

Esse bar era conhecido por sua clientela eclética. Havia um rumor de que, um ano atrás, uma briga violenta resultou na morte de várias pessoas.

Comparado a outros bares, esse lugar era considerado menos respeitável.

Mas também era o mais popular entre o que se chama de mercado marginalizado – pequenos delinquentes que não conseguem emprego na Cidade Capital, jovens que ingressaram cedo demais na vida adulta, adotando hábitos como fumar e beber, e trabalhadores exaustos do cotidiano corporativo buscando um lugar onde possam ser eles mesmos.

Mesmo que Rafael Souza nunca tivesse visitado o local, ele já tinha ouvido falar do nome do bar.

Ele estacionou o carro caríssimo perto do bar, atraindo assobios curiosos.

Mas quando perceberam que quem saía do carro era um homem, o interesse se dissipou.

Antes, Leonardo Souza era controlado por Samuel Souza, raramente mostrando suas verdadeiras emoções. Desta vez, ele sentiu que conseguir tanto dinheiro era como sair ileso, e que poderia viver bem no exterior.

Isso se ele conseguisse escapar dos inúmeros esforços de captura de Rafael Souza.

Leonardo Souza levantou seus olhos turvos de bebida, e quando viu claramente quem estava ao seu lado, a embriaguez desapareceu num instante.

Ele caiu no chão de susto, querendo se afastar rapidamente, mas ouviu Rafael Souza dar uma risada leve.

"Eu realmente não esperava que você acabasse assim."

Leonardo Souza viveu do céu ao inferno recentemente.

Aqueles que costumavam andar com ele, depois de saberem da queda dele e de seu pai, não quiseram mais se associar a ele. Ele foi rapidamente excluído desse círculo, e aqueles que queriam agradar Rafael Souza fizeram de tudo para dificultar sua vida.

Leonardo Souza odiava Rafael Souza, como todos os bons acontecimentos deste mundo poderiam cair nas mãos dele?!

"Rafael Souza, o que você está fazendo? Não seja tão implacável! Afinal, somos primos, por favor, me dê uma chance de viver. Dois bilhões para você são apenas uma gota no oceano, por favor."

Seu olhar, ao se voltar para Marina Santos, se dilatou instantaneamente, rastejando até ela.

"Srta. Santos, sou eu, o homem que sempre escreveu cartas para você, eu te amo, Srta. Santos."