Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1239

Outros não conseguiam entender a situação, mas com um exemplo anterior bem diante de seus olhos, ninguém ousava falar precipitadamente. Todos não notaram que a porta do camarote sempre esteve aberta, e a funcionária da limpeza que varria a entrada ouvia em silêncio o que acontecia dentro do camarote. Desde o início das declarações arrogantes do jovem rico, ela ouvia atentamente. Ela era cega e só podia repetidamente limpar o chão à sua frente. Ninguém antes havia ousado tratar Rafael Souza dessa maneira, o que era um claro indicativo de que seu status entre essas pessoas realmente havia caído. Quando ele não mais fosse o presidente da família Souza, ele definitivamente seria tratado de maneira diferente. Rafael Souza ainda tinha bandagens nas mãos, e realmente não estava interessado em estar ali essa noite, mas Tiago Rezende, temendo que ele acabasse bebendo até a morte sozinho em casa, decidiu levá-lo. Agora, mesmo estando fisicamente ali, sua mente parecia estar em outro lugar. Até que seu olhar fixou-se na funcionária que varria o chão próximo à porta do camarote. Se ele se lembrava bem, ela estava ali há dez minutos, sempre limpando o mesmo pedaço do chão. Patrícia Ribeiro tinha seus cabelos presos por um boné, movendo-se lentamente. Ela permanecia em silêncio, abaixando a cabeça, e quando ouviu passos vindo do camarote, logo a porta se fechou, e quem saiu foi João Pereira. As bebidas dentro do camarote já haviam sido substituídas, e João Pereira, completando sua tarefa, contou a gorjeta que havia recebido, um total de dois mil reais. Ao passar, ele acidentalmente esbarrou na funcionária, apressando-se em pedir desculpas.

“Desculpe.”

Patrícia Ribeiro foi empurrada para trás, deixando cair o esfregão. Seu rosto estava escurecido com muitas marcas, parecendo bastante feio. João Pereira pretendia ajudá-la a se levantar, mas então notou que ela buscava com as mãos cegas pelo chão. Surpreso, ele se perguntou desde quando o Bar Arco Íris contratava uma pessoa cega? Afinal, todos que frequentavam o lugar eram figuras importantes, e se alguém esbarrasse nela, ela não teria como pagar pelos danos. Ele franzia a testa, prestes a perguntar o que havia acontecido, quando viu dois homens se aproximando e levando a funcionária embora. No momento em que eles desapareceram no corredor, a porta do camarote atrás de João Pereira se abriu, revelando Rafael Souza. Ele olhou para onde a funcionária estava, com uma leve agitação em seus olhos.

“Onde está aquela funcionária?”

Gostar verdadeiramente de alguém significava sentir as mínimas mudanças no ar quando essa pessoa estava por perto. Mas Rafael Souza, por enquanto, não compreendia essa teoria, apenas sentia que havia algo estranho naquela funcionária e queria se aproximar para ver melhor.

“Ela já se foi. Parecia bem infeliz.”

“Você viu o rosto dela?”

“Sim, e parece que ela tinha um problema nos olhos.”

Rafael Souza imediatamente se calou, concluindo que não poderia ser ela. Como ele poderia ter tal pensamento insano? A pessoa que todos estavam procurando, como ela poderia aparecer de repente no Bar Arco Íris?