Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1263

Ele de repente lembrou-se da cena de ambos trabalhando tranquilamente neste escritório, onde o único som era o clique das teclas do teclado. Durante as reuniões, ele frequentemente se virava para vê-la, encontrando-a apoiando o queixo com uma mão, olhando fixamente para os documentos com uma expressão serena e graciosa. Seu coração parecia ter sido tocado por algo quente por um momento, e seu punho se fechava instantaneamente. O que aconteceu de manhã foi absurdo, e desde que acordou, ele passou toda a tarde fingindo estar calmo. Já sendo tratado como um substituto, ele não queria se envergonhar ainda mais. Agora, com a noite silenciosa ao redor, olhando para tudo à sua frente, ele só sentia uma dor surda no coração. Ele lentamente se sentou na cadeira dela, debruçando-se sobre a mesa. Esta cadeira era um pouco menor que a sua. Embora ela tivesse um temperamento calmo, ela também gostava de coisas fofas de meninas, então o apoio de sua cadeira era rosa. Ela mesma havia escolhido este modelo na internet, e Rafael Souza, preocupado que a entrega demorasse, pediu a Rui que fosse ao shopping comprar, e em menos de uma hora, estava diante dela. Ela usou à noite, elogiando o quão macio era o apoio, e até perguntou se ele queria um. Como ele poderia querer algo tão rosa? Rafael Souza debruçava-se sobre a mesa, respirando pesadamente, e logo seus ombros começaram a tremer levemente. Enquanto isso, os empregados continuavam a se ocupar com a remoção de coisas pelo corredor.

Patrícia Ribeiro se encolhia no sofá ao lado da janela, que estava aberta. Ayr, para impedi-la de fugir, mandou instalar várias barras de aço na janela. Ela podia sentir o vento da noite, mas só conseguia esticar uma mão para fora. O vento batia em seu rosto, fazendo-a suar de dor. Sua garganta doía intensamente, como se algo estivesse queimando dentro dela. Ela ouviu Sandro Santos e Ayr conversando, Sandro Santos queria deixá-la muda. Desde que bebeu aquela substância, sua garganta inchou tanto que ela não conseguia falar. Doía, ela não conseguia comer, só beber água. Ela se esforçou para se levantar, esticando a mão pela janela, sentindo o frescor lá fora, o que aliviava um pouco o calor em seu corpo. Mas ela ainda sentia dor, uma dor que fazia seu corpo tremer levemente. De repente, um som intermitente vinha pelo fone de ouvido. "Ayr está planejando seu noivado para o próximo mês, você não terá chance de recusar." Patrícia Ribeiro encostava a testa nas barras de aço à sua frente, como se isso a ajudasse a clarear a mente. A voz no fone de ouvido continuava. "Depois que você se comportar e se noivar com ele, eu te levarei para a América do Norte." Só depois do noivado ela e Rafael Souza estariam definitivamente separados. Os olhos de Patrícia Ribeiro se enchiam de lágrimas vermelhas, ela queria protestar, mas sua garganta não permitia que ela falasse, então ela batia na parede com a palma da mão, repetidamente. A pessoa do outro lado do fone de ouvido obviamente ouviu o som, sabendo que suas mãos provavelmente estavam vermelhas de tanto bater. "Você quer que Ayr te prenda com algemas? Ele e Ayrton Souza não são a mesma pessoa, ele é todo o lado sombrio de um homem, e é mais cruel que qualquer um, você fez com que ele perdesse a posição de presidente, ele já está furioso, se ele ouvir algum som agora, talvez você nem possa mais sentir o vento pela janela. Patrícia Ribeiro, por que você ainda não aprendeu a obedecer?" As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Patrícia Ribeiro. Por que ela tinha que passar por tudo isso, por que o amor não podia mantê-los juntos? "Patrícia Ribeiro, você se lembra do selo de água-viva que recebeu em Aldeia Galina? Quando Beatriz Pereira partiu, ela não teve tempo de te contar toda a verdade, mas você deve ter intuído que o selo não era comum. BK, como a organização mais poderosa e uma família que se manteve oculta, e você, foi escolhida pela última santa, que era sua mãe adotiva, Beatriz Pereira." As mãos de Patrícia Ribeiro apertavam as barras de aço, como se estivesse paralisada. A voz do homem continuava do outro lado. "Esse é um mundo que você não conhece completamente, então, antes de entrar nele, ganância, raiva, ignorância, tudo isso você precisa deixar para trás. Beatriz Pereira não morreu naquele ano, ela desapareceu. Apenas naquela época você não podia ter acesso a essas informações, você foi criada por ela desde pequena como sua sucessora, cultivando essa personalidade forte que tem hoje, as pessoas que emergem de adversidades, às vezes, possuem uma determinação ainda maior." Patrícia Ribeiro abriu a boca, tinha tantas perguntas para fazer, mas ao ouvir o nome de Beatriz Pereira, subitamente se calou. Ela sempre dizia que Beatriz Pereira era a pessoa que mais a havia ajudado no mundo, ensinando-a muitas coisas. Mas Beatriz Pereira havia falecido, deixando apenas um túmulo solitário para trás. E agora, esse senhor K estava dizendo que Beatriz Pereira ainda estava viva?