Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 128

A Patrícia Ribeiro estava tão cansada naquele momento que, se o Rafael Souza demorasse mais um minuto, provavelmente ela teria apanhado sono encostada na parede.

Quando o som do elevador se fez ouvir, seus olhos brilharam de alívio e ela levantou o olhar, mudando a postura.

"Presidente Souza."

O leve brilho nos olhos dela até que deixou o Rafael Souza lisonjeado, suavizando a expressão dele.

Ele passou o cartão e entrou, com a Patrícia seguindo atrás, colocando a marmita térmica na mesa de centro.

"Presidente Souza, aqui está a sopa."

Ele apenas desabotoou dois botões do paletó.

Depois de entregar a sopa, Patrícia queria ir embora, já que não era apropriado para uma mulher ficar sozinha com um homem naquele ambiente, o que poderia fazer ele pensar que ela tinha segundas intenções.

"Então, Presidente Souza, aproveite a sopa."

Ela se virou para sair, mas ouviu ele dizer:

"Não vai levar a loiça?"

Ela queria dizer que não precisava, mas lembrou que talvez não houvesse sobressalentes na Serralvorada, já que ela raramente ia para lá.

E, de alguma forma, sentiu que Rafael Souza sugeriu que ela esperasse ele terminar de comer.

Então Patrícia sentou-se, com uma postura que surpreendeu Rafael.

"Bom, vou esperar você terminar."

…

Rafael ergueu uma sobrancelha. Havia uma cozinha no apartamento, e ele pretendia que ela esquentasse a sopa.

Já passavam das nove da noite, ela tinha trazido sopa para um cliente e agora estava esperando no quarto do hotel até que ele terminasse, o que levaria pelo menos uma hora.

O que ela estava pensando?

Rafael franziu a testa, prestes a pedir que ela pegasse uma tigela na cozinha, quando percebeu que Patrícia havia adormecido.

Patrícia ficou exausta. Não dormiu na noite anterior, dirigiu por horas até a capital, e ainda arranjou tempo preparando a sopa.

No silêncio, o cansaço a dominou.

Rafael imaginou que pela rapidez com que ela adormeceu, talvez ela estivesse fingindo.

Ao se aproximar, o que ouviu foi a respiração tranquila dela, e notou as olheiras. Lembrou-se de que ela tinha dito que iria à aldeia na noite passada e se deu por satisfeito.

Ele decidiu não incomodar, tirou o paletó e desabotoou a camisa branca.

Dava para perceber a força que se escondia sob aquela musculatura.

Patrícia já tinha experimentado a intensidade dele na cama, mas agora obviamente não tinha oportunidade para apreciar.

Rafael jogou o paletó de lado e foi para o banheiro.

Quando saiu, viu que Patrícia tinha puxado o paletó dele, provavelmente com frio, e o tinha colocado sobre si, se aconchegando nele.

Rafael Souza franziu a testa e se aproximou dela, tentando puxar o terno para fora, mas Patrícia Ribeiro segurava firme.

Um vislumbre de irritação apareceu nos olhos de Rafael, sem entender como apenas entregar uma sopa poderia ter levado àquela situação.

Ele respirou fundo e, num gesto decidido, arrancou o terno dela.

Justo naquele momento, Eduardo Nunes ligou e Rafael foi atender na varanda.

"Rafael, bora tomar uma?"

Eduardo sorriu com um copo na mão. "Ah, e estou bolando um roteiro novo. Se aquela Penny aparecer por aí, me conta os detalhes de como vocês se dão, quem sabe eu não me inspiro?"

"Vai se catar."

Rafael fez menção de desligar, mas Eduardo pareceu captar algo diferente no ar.

"Tá menos carregado hoje, hein? Acertei, a gata está aí na sua cama? Quem foi mesmo que falou pra guardar a estreia pra noite de núpcias com a moça da família Andrade?"

Rafael sentiu o sangue ferver, e a mente de repente foi invadida pela lembrança da primeira vez com Patrícia Ribeiro.

Realmente tinha sido a primeira vez, movido puramente pelo instinto, sem imaginar que deixaria tantas marcas nela.

E o que mais o surpreendia era que a mulher que lhe proporcionara aquela noite inesquecível era casada.

Ele engoliu em seco, afastando os pensamentos e desligou o telefone na cara do Eduardo.