Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1296

Rafael Souza nunca havia cuidado de alguém com tanta atenção. Ele lavou cada centímetro de sua pele até que ficasse completamente limpa e depois secou seu corpo com uma toalha antes de carregá-la para a cama. Ele até mesmo se preocupou em cobrir seus cabelos, então agora eles ainda estavam secos. Rafael ficou ao lado da cama, sem se atrever a se afastar, observando o rosto dela o tempo todo. Parecia que ele nunca se cansaria de olhá-la. Seus dedos gentilmente entrelaçaram os dela, e ele ficou ali, deitado ao lado da cama, sem ir dormir.

Patrícia Ribeiro acordou às sete da manhã do dia seguinte, abrindo os olhos e sentindo sua garganta rouca. "Rafael Souza, que horas são?" Imediatamente, um copo de água fresca foi trazido até ela. Ela pôde sentir o aroma único que vinha dele, o que imediatamente a fez se sentir segura. "Que horas são?" "Sete da manhã." "Como eu adormeci ontem à noite? Lembro-me de muitas pessoas falando." "Cassio te deu um remédio." Patrícia já havia esquecido o que ouviu na noite anterior. Seu cérebro estava turvo, incapaz de se lembrar de qualquer coisa. Mas agora, ela sentia seu corpo revigorado, cheio de energia. "Que remédio foi esse? Estou me sentindo muito melhor hoje. Esses últimos dias, eu estava me sentindo pesada e sempre tinha ilusões estranhas. Agora, sinto sua presença ao meu lado de forma tão real. Isso é maravilhoso." Enquanto falava, um sorriso iluminava seu rosto, e ela tentava pegar sua mão. Rafael Souza mordeu o lábio, abraçando-a lentamente. "Sim." "Seria tão bom se pudéssemos sempre estar assim." Talvez por se sentir confortável, o sorriso em seu rosto era ainda mais sincero. Rafael não disse nada, apenas a abraçou silenciosamente, olhando para o horizonte. Seu silêncio deixou Patrícia inquieta. "O que foi? Algum problema?" "Não, estou pensando no que preparar para o café da manhã. Vou cozinhar pessoalmente." Ao mencionar suas habilidades culinárias, Patrícia se lembrou da facada que havia dado, e neste momento, estava profundamente arrependida. "Deixe-me ver seu ferimento." Ela tentou puxar sua roupa, mas Rafael segurou firmemente seus dedos, como se temesse que ela desaparecesse no instante seguinte. Patrícia sentiu uma doçura imensa e sorriu levemente. "Patrícia, não se preocupe com meu ferimento. Não foi profundo. Vamos descer, prepararei o café da manhã enquanto você fica na sala ouvindo a TV, certo? Chamarei Zezé e Snow para fazer companhia para você." "Certo." Ela concordou rapidamente, ansiosa para ver Zezé novamente. Quando chegaram ao andar de baixo, ela sentou-se no sofá e logo ouviu latidos vindos de perto. Em seguida, sentiu algo mordiscar a barra de sua calça. Era Zezé. Ela se inclinou para fazer carinho e ouviu Rafael dizer: "Vou para a cozinha preparar a canja e fazer alguns petiscos." "Certo." Enquanto Patrícia acariciava Zezé, que reagia efusivamente sob seu toque, ela sentiu o sofá afundar ao seu lado. Pelo peso, parecia ser Snow que havia se acomodado ali. Ela estendeu a mão e confirmou ao tocar no corpo robusto de Snow. Rafael ainda estava na cozinha, e o aroma de sua culinária enchia o ar. Patrícia sentia que aqueles momentos eram extremamente aconchegantes. Embora ela ainda estivesse temporariamente cega. Ela tirou os sapatos e se aconchegou no sofá, encostando-se em Snow, sentindo-se excepcionalmente aquecida. De vez em quando, Rafael aparecia e via uma mulher linda deitada sobre um monte de pelos brancos. Ela parecia ainda mais angelical nesse cenário. Essa visão era tão bela que ele não pôde resistir em tirar uma foto com seu celular, decidindo imediatamente usá-la como papel de parede. De volta à cozinha, enquanto mexia a canja, seus olhos se encheram de lágrimas. Ele se sentia emocionado. Respirando fundo para se acalmar, continuou a mexer a canja lentamente com a colher. Patrícia Ribeiro sentiu um aroma delicioso de canja, estava prestes a ir até a cozinha, quando ouviu o toque do seu celular. Era uma ligação da empresa. Ela seguiu o som, tateando até encontrar o telefone e, por acaso, pressionou o botão de atendimento. Era Pietro Drummond do outro lado da linha. "Presidente Ribeiro, Giselle Assunção não veio trabalhar hoje, e não atende ao telefone. Uma mensagem apareceu no grupo da empresa pela manhã." "Que mensagem?" "Disseram que Giselle Assunção estava trabalhando como garota de programa, inclusive mencionaram o nome do hotel. A mãe de Giselle Assunção apareceu na empresa agora cedo, está lá em cima fazendo um escândalo." Patrícia Ribeiro sentiu um calor de raiva subir. "Ela está gritando sobre o que?" Pietro Drummond achou difícil descrever aquelas palavras. "Presidente Ribeiro, se puder, seria bom vir até aqui." "Estou a caminho." Após desligar, ela chamou em direção à cozinha. "Rafael Souza." Rafael Souza tirou o avental e apareceu imediatamente. "O que houve?" "Houve um problema na empresa, quero ir até lá para ver o que está acontecendo. Você vem comigo?" Rafael Souza franziu a testa, preocupado. Como ela poderia ir à empresa nesse estado? Ela precisava descansar. Mas Patrícia Ribeiro agarrou a manga dele, fazendo charme de uma maneira rara. Rafael Souza, por mais insatisfeito que estivesse, não conseguiu manter sua indignação diante daquela atitude. "Vou pedir para o cozinheiro cuidar da canja. Eu vou com você, mas vamos voltar logo para tomar o café da manhã." "Certo." Patrícia Ribeiro estava visivelmente de bom humor, entrelaçando o braço no dele. Rafael Souza também se animou, mas ao lembrar que em dois dias teria que deixá-la ir, seu sorriso desapareceu rapidamente, e sua disposição se esvaiu completamente.