Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1319

No escritório, o silêncio era absoluto, sem resposta alguma.

A cortina estava parcialmente obstruída por um armário, e a janela também estava bloqueada.

Cassio Camarillo pegou seu celular e ligou para Eduardo Nunes.

Não havia nenhum som dentro do escritório, tudo permanecia em silêncio.

Ele encerrou a chamada e fechou novamente a porta do escritório.

Depois que a porta foi fechada pela segunda vez, Eduardo Nunes levantou um canto da cortina.

As cortinas eram pesadas, e esse escritório servia como um espaço de descanso para Cassio Camarillo, onde, uma vez fechadas, não importava o quão forte fosse a luz do sol lá fora, aqui dentro se tornava como a noite.

Nesse momento, ele levantou a cortina, olhou para cima e seu olhar encontrou o do homem que estava no escritório.

Cassio Camarillo, ao fechar a porta pela segunda vez, não tinha saído, mas sim permanecido dentro da sala.

Eduardo Nunes, ao ouvir o som da porta se fechando, instintivamente pensou que ele tinha ido embora.

Era uma reação habitual das pessoas.

Agora, com seus olhares se encontrando, Eduardo Nunes sorriu, passando a mão pelos olhos.

"Quando você voltou?"

Ele bocejou, descendo da janela e parecendo recém-despertado.

Cassio Camarillo o observou por alguns segundos antes de perguntar, "Dormiu a noite toda?"

"Sim, a situação com Tiago Rezende me afetou profundamente, acabei adormecendo na janela e acordei com dor nas costas."

Ele bocejou novamente, com lágrimas se formando nos cantos dos olhos.

"Cassio, você vai voltar agora?"

Ele pegou seu celular, dando uma olhada na tela, e arqueou as sobrancelhas, "Você me ligou?"

"Eduardo, quantos anos nos conhecemos?"

"Vinte e poucos anos."

O ambiente no escritório estava tranquilo, com Cassio Camarillo encostado na porta.

"Depois de todos esses anos, você ainda tem o hábito de mexer em coisas quando mente."

Essa afirmação mudou imediatamente a atmosfera do escritório, que se tornou tão silenciosa que se podia ouvir um alfinete cair.

Eduardo Nunes, por instinto, olhou para suas mãos, percebendo de repente que, depois de falar sobre os vinte e poucos anos, tinha colocado o celular no bolso, não tendo nada em mãos agora!

Um suor frio cobriu suas costas, e ele se sentiu paralisado.

Cassio Camarillo soltou uma risada leve, sua voz tranquila.

"Estava brincando."

"Sua aparência está péssima, vá para casa descansar. Se não conseguir dormir, leve melatonina, está na minha mesa, à direita, ajuda a dormir."

Eduardo Nunes foi até lá e viu vários frascos marcados com melatonina.

"Cassio, você não tem dormido bem ultimamente?"

Cassio Camarillo saiu do banheiro, secando as pontas dos dedos com um pano limpo.

"Os turnos de cirurgia foram agendados muito próximos uns dos outros, não tenho descansado direito há meio mês. Dez dias atrás, uma menina que sofreu um acidente de carro não sobreviveu, e ultimamente sonho com ela toda noite."

Os olhos de Eduardo Nunes se encheram de compaixão instantaneamente, e ele pegou uma garrafa.

"Obrigado."

"Eduardo."

"Sim?"

"Desculpa pelo que aconteceu antes."

Eduardo Nunes sorriu com amargura e deu um tapinha nas costas dele.

"Seu envolvimento realmente me animou muito, vou descansar."

"Vá em frente."