Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 143

Patrícia Ribeiro tava naquela de resolver pendências, queria acertar a dívida de oito milhões e, quando a grana do banco caísse, ia sair do apê dela. Não tinha a menor intenção de levar vantagem em cima do Rafael Souza, e tava disposta até a acertar os juros.

Mas o Rafael tava irredutível, não queria saber do dinheiro e ainda por cima tava uma fera. Patrícia ficou sem entender o que se passava na cabeça dele.

Quando Rafael se preparava pra falar, a voz do Eduardo Nunes chegou aos ouvidos deles, vindo de algum lugar não muito distante.

"E aí, Rafael, não vai vazar não?"

Eduardo Nunes também tinha bebido além da conta, mas ainda tava no controle. Num instante, ele reparou na Patrícia ali, na frente do Rafael.

"O que vocês estão cochichando aí?"

Rafael colocou distância entre eles e saiu de fininho.

Por um gesto educado, Eduardo acenou com a cabeça pra Patrícia e seguiu o amigo.

Patrícia ficou plantada ali por um tempinho e, ao sair do bar, tirou o celular pra chamar um motorista de aplicativo.

Mas um carro parou bem na frente dela e a janela baixou, revelando o rosto do Filipe Ribeiro.

Um arrepio de alerta passou pelos olhos de Patrícia e ela deu um passo pra trás.

Com um sorriso no rosto, Filipe deu uma olhada pra trás dela, só pra ter certeza de que ela tava sozinha, e então deu aquele sorrisinho maroto.

"Veio curtir a noite no bar sozinha, Patrícia?"

Ele deu um tom todo especial pra palavra "curtir".

Depois daquela vez no hospital, quando ele viu o tipo de remédio que ela comprou, ficou na cara que ela não era nenhuma santinha.

Agora, sozinha num bar à noite, vai saber que tipo de serviço ela tava escolhendo.

Ele saiu do carro, todo alinhado num terno chique.

"Você bebeu, entra aí que eu te levo pra casa."

"Não precisa."

Patrícia viu no celular que o motorista já tinha aceitado a corrida e não pensou duas vezes antes de recusar a oferta dele.

Mas o Filipe era insistente e chegou a cheirar o cangote dela.

"Não precisa ser orgulhosa, no fim das contas eu sou teu irmão mais velho."

Patrícia franzia a testa e empurrou o cara pra longe.

"Meu pai não está aqui, então pode parar de fazer teatrinho."