Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1486

Assim que ele saiu, só restaram Rafael Souza e Antonio Gomes. Vovô Gomes era um homem cauteloso, que já na noite anterior havia ordenado que alguém vigiasse a casa onde Rafael Souza estava hospedado. Embora dissesse ser por proteção, na verdade era vigilância, pois vovô Gomes desejava se apoderar daquele lote de medicamentos. Agora, sabendo que os medicamentos haviam desaparecido, ele estava incomodado, mas não faria nenhum mal a Rafael Souza. Logo que a porta se fechou, Antonio Gomes se levantou e bateu o pó de seus joelhos.

"Rafael Souza, quando você planeja agir?"

Rafael Souza deu uma olhada pela janela; faltavam apenas algumas horas para anoitecer. Ele havia divulgado sua localização para aqueles que o perseguiam, e, com um pouco de reflexão, era fácil deduzir que essas pessoas eram do grupo de K. Não esperava que a influência de K pudesse se infiltrar até aqui, mas era evidente que K também estava cauteloso, caso contrário, já teria simplesmente bombardeado a ilha inteira, em vez de se dar ao trabalho de enviar seus homens para matá-lo. Esta noite, sabendo que ele estava aqui, as pessoas de K certamente agiriam. Vovô Gomes também havia trazido muitos homens consigo. No momento do conflito entre os dois grupos, ele planejava fugir com Antonio Gomes para encontrar Patrícia Ribeiro. Após fazer a pergunta, Antonio Gomes não esperava realmente por uma resposta. Os dois aguardavam silenciosamente o momento certo.

Duas horas depois.

Vovô Gomes estava sentado no salão, tomando chá, quando ouviu tiros ao longe. Ele se endireitou na cadeira e olhou para seu assistente de confiança.

"Vá verificar o que está acontecendo."

Assim que terminou de falar, os tiros se tornaram muito mais intensos.

"Vovô Souza, eu vou cobrir sua retirada."

A expressão no rosto de vovô Gomes se tornou muito séria. Aquelas pessoas tinham voltado? Maldição, de quem era aquela força que se atrevia a agir tão descaradamente na Ilha Central?

"Leve Antonio Gomes com você de volta para a ilha interna. Preciso falar com as outras famílias para lidarmos juntos com essa força invasora."

Essa força externa era rude e descarada demais, afetando os recursos das grandes famílias da ilha interna. Eles precisavam erradicar essa ameaça surgida repentinamente, assim como fizeram com Rafael Souza.

"Certo, Vovô Souza."

"Além disso, entre em contato com o ancião e diga que temos algo importante a relatar."

"Será que aconteceu mais alguma coisa dentro da organização, além da captura do Terceiro Ancião?" Jacó Serra raramente fazia contato direto com a organização, mas agora estava ansioso para voltar com o selo da Medusa. Sua intuição lhe dizia que algo grande tinha acontecido por dentro.

"Decano, desde esta manhã, perdemos toda comunicação com a organização. Parece que aqueles dois Anciãos já foram controlados pelos homens de K."

Jacó Serra franziu a testa e cerrou os dentes com força.

"Então, deixe pra lá. Ligue diretamente para mim. Quero ver se ele tem coragem de destruir toda a Ilha do Obturador!"

Fora da Ilha do Obturador, no mar, havia mais de uma dúzia de grandes navios ancorados. Caio estava sentado no convés de um deles, segurando um copo de vinho, observando os helicópteros circulando no céu. A área ao redor estava bloqueada, e por três dias, nenhum outro navio passaria por aqui, então ninguém saberia o que estava acontecendo. Mesmo que ele realmente quisesse demolir a ilha, isso não apareceria nas notícias internacionais. Mas ele não queria, porque na ilha não havia apenas Patrícia Ribeiro, mas também Rafael Souza, e... a Santa. Seus homens haviam encontrado o paradeiro da Santa no hospital psiquiátrico ao sul da ilha. Ela realmente ainda estava viva, o que o surpreendeu. Ele não poderia simplesmente demolir a ilha; ele precisava vê-la e, de quebra, reuní-la com Patrícia Ribeiro. O que ela havia dito naquela época? Ah, sim, que ele tinha uma aura muito sombria para aquela posição, dizendo que ele era cruel, egoísta, astuto e volúvel, trazendo desastre para aqueles ao seu redor.

O canto dos lábios de Caio se curvou, mas rapidamente ele colocou uma máscara de gentileza, exatamente como quando estava na Cidade Capital, como Cassio Camarillo. Quanto mais sombrio seu coração, mais ele parecia um anjo em seu jaleco branco, ajudando os doentes. Ele amava esse contraste, amava a sensação de manipular as pessoas, sentir-se poderoso ao brincar com elas, trazendo uma satisfação profunda.