Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1687

Thais Dias sentiu uma dor aguda que a fez tremer, mas estava preocupada que alguém percebesse. Aquela posição era humilhante demais. Ela tentou se debater, mas toda sua força parecia ter sido engolida pelo mar. Sem forças, André Carvalho virou sua cabeça à força e a beijou. Ela mordeu-o com força, e ambos sentiram o gosto de sangue em suas bocas. Mas mesmo após várias mordidas, ele parecia não sentir dor, continuando a enredar sua língua com a dela. Louco. Quando finalmente soltou sua boca, os olhos deles se encontraram. Eram sombrios, lamacentos, sangrentos. Ela tentou recuar, apavorada, mas ele a pressionou ainda mais, causando-lhe dor interna. Ele disse com uma voz rouca: "Seria tão difícil se comportar e simplesmente se casar?" Por um momento, Thais Dias teve a ilusão de que nunca conheceu esse homem. Quando namoravam, ele sempre a chamava carinhosamente de Thais. Após revelar sua verdadeira identidade, ele a chamava com sarcasmo de Srta. Dias. Agora, ele apenas a chamava friamente de Thais Dias. Ela amava André Carvalho? No início, foi realmente enganada por sua aparência; ela amava o André Carvalho gentil e bondoso que ele fingia ser. Não o homem que a dominava com loucura agora. As lágrimas de Thais Dias fluíram instantaneamente enquanto ela começava a relembrar o encontro com André Carvalho. Mesmo sendo uma armadilha calculada por ele, ainda assim, ela se lembrava daqueles momentos como algo belo. Voltando no tempo até aquele ano no bar. Thais Dias era do tipo que gostava de se divertir, mimada desde pequena, raramente enfrentava dificuldades. Sua mãe havia falecido cedo, e seu pai, Jiang Cang, a criou sozinho, dando-lhe tudo o que desejava. Assim, Thais Dias sempre foi esbanjadora, possuindo vários cartões com mais de dez milhões em fundos, incluindo um cartão preto dado por Jiang Cang. Naquela noite, ela havia marcado um encontro no Bar Arco Íris, conversando com seu pai ao telefone enquanto entrava. Quando estava prestes a entrar no reservado, viu alguns garçons conversando. "Se você fosse bonito como André Carvalho, com certeza ganharia mais gorjetas." "Ah, vamos lá, nós somos garçons sérios, ele provavelmente se prostitui às escondidas." "Mas ele vende para homens ou mulheres? Com aquela aparência, deve agradar ambos. Não foi aquele investidor que se declarou para ele outro dia?" Eles riram e um deles ironizou: "Talvez ele venda para ambos. Por que não, um plugue duplo?" Risos ácidos e zombeteiros soaram. Como herdeira da família Dias, Thais não era novata em ver garçons invejosos e ciumentos, especialmente em lugares como o Bar Arco Íris, frequentado pela elite. Um deslize poderia significar um casamento com a alta sociedade. Desde pequena, Jiang Cang a advertiu que era livre para se divertir, mas que evitasse dramas por homens pobres. "Paizinho, você está menosprezando pessoas pobres?" Thais havia retrucado uma vez. Jiang Cang beliscou seu nariz firmemente. "Pequena Thais, você acha que ser pobre é apenas não ter dinheiro? Aqueles que são realmente ricos em espírito e otimismo são raros, e seus valores dificilmente se alinharão com os seus." No mundo de Thais Dias, exceto pela morte, não havia nada que ela não pudesse resolver. Com tanto dinheiro, ela nunca valorizou realmente o dinheiro. Ao ouvir os comentários dos garçons, ela pretendia, como sempre, ignorar. Mas então a porta ao lado se abriu, e um homem alto saiu, chutando um dos garçons que falavam demais. Esse homem também vestia o uniforme de garçom, mas seu rosto era inegavelmente atraente. Ao vê-lo, os olhos de Thais Dias brilharam, e ela instintivamente parou, sem conseguir se mover. O garçom chutado não ficou feliz, claro, tentando revidar, mas foi contido por outros dois. "Deixa pra lá, daqui a pouco o gerente chega, além disso, tem uma ricaça que tá bem a fim do André Carvalho ultimamente, sempre dando uma força pra ele." O cenho de Thais Dias se ergueu instantaneamente, ah, então era esse o protagonista das conversas, André Carvalho. Realmente, ele era de tirar o fôlego. Ela estava acostumada a ver homens bonitos nesse meio, mas ao vê-lo pela primeira vez, não conseguiu desviar o olhar. André Carvalho ficou parado, levantando a mão para esfregar o rosto, parecendo completamente inofensivo. O coração de Thais Dias deu uma balançada, mas ela não pensou muito nisso, empurrou a porta do camarote à sua frente e entrou. A festa desta noite não era de seus conhecidos, o anfitrião havia apenas feito um convite de forma protocolar, e, sem nada melhor para fazer, ela decidiu aparecer. O anfitrião era um joalheiro, com cerca de quarenta anos, que acabara de se divorciar e conseguiu uma boa quantia de dinheiro do ex-marido. Quando Thais Dias chegou, imediatamente começaram os elogios à sua pessoa. Ela já estava acostumada a ouvir esse tipo de coisa, então sentou-se no canto mais afastado, sem vontade de socializar. Logo, um garçom trouxe bebidas, e por uma coincidência, era André Carvalho. Mesmo usando o mesmo uniforme que os outros, nele parecia excepcionalmente bem. A mulher de quarenta e poucos anos recebeu a bebida das mãos de André Carvalho com um sorriso, aproveitando para acariciar o dorso da mão dele. André Carvalho franzia a testa, sem dizer nada, apenas perguntou, "A senhora gostaria que eu abrisse esta garrafa?" A ricaça sorriu, seus olhos fixos na gravata dele. A gravata borboleta que ele usava despertava um desejo irresistível de arrancá-la.