Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 1892

"Eu sei que foi minha falha, por isso trouxe a criança para se desculpar."

Ela tinha uma expressão muito sincera no rosto. "Presidente Tiago, é normal que crianças tenham pequenos acidentes. Os professores da creche não são onipresentes. Algumas crianças tropeçam até mesmo em solo plano, não podemos evitar todos os incidentes. Encontrar esses desafios faz parte do crescimento."

Xie Buyan estava sentado na cama, vendo que os dois estavam prestes a discutir, sentiu-se incomodado e rapidamente falou.

"Papai... Papai, eu não estou machucado."

Dizia que não estava machucado, mas seus olhos estavam a ponto de transbordar de tristeza.

A expressão de Tiago Rezende ficou ainda mais sombria, e ele apenas disse uma frase: "Chame os pais desta criança."

"Presidente Tiago, se o pequeno Buyan é tão precioso assim, talvez ele devesse ficar em casa, ao invés de vir para a creche."

Essas palavras foram um golpe poderoso. Giselle Assunção sentiu que os dedos de Buyan, que ela segurava, se encolheram de repente, como um tentáculo assustado, recuando.

As pupilas de Tiago Rezende se contraíram instantaneamente, ele sentiu como se seu coração tivesse sido golpeado, sangrando profusamente.

"Giselle Assunção, você tem ideia do que está dizendo?"

Giselle Assunção franziu a testa, percebendo que tinha falado demais e que não deveria ter dito isso na frente da criança.

Ela respirou fundo, prestes a dizer algo mais.

Mas Tiago Rezende imediatamente agarrou seu pulso e, diante das duas crianças, a puxou para fora.

Giselle Assunção já estava desconfortável com ele, e agora se sentia ainda mais inquieta.

"Solte-me!"

Tiago Rezende a puxou até a varanda do corredor, pressionando-a contra a parede de flores ao lado.

"Como você pode dizer essas coisas na frente da criança? Você sabe que ele é..."

Giselle Assunção o interrompeu, com um olhar firme e inabalável.

"Estou falando sério. Se o Presidente Tiago exagerar toda vez que Buyan se machucar, talvez ele não precise vir à creche. Isso só fará com que seus colegas de brincadeira fiquem nervosos e tornará nosso trabalho como professores mais cansativo. Talvez você não goste de ouvir isso, Presidente Tiago, mas é a verdade. Buyan parece não gostar muito de interagir com os outros, talvez ele não esteja pronto para sair."

Os olhos de Tiago Rezende estavam cheios de incredulidade. Giselle Assunção, que costumava ser sempre dócil e obediente, agora parecia ter desenvolvido espinhos por todo o corpo. A mulher que antes só ousava responder em silêncio, em quatro anos, criou uma estrutura sólida, e esses ossos se transformaram em espinhos afiados que o feriam profundamente.

Giselle Assunção começou a se desculpar. "Desculpe, eu não deveria ter dito aquilo na frente de Buyan."

"Desculpas adiantam? Você tem ideia de como ele está triste agora?"

Os ombros de Giselle Assunção estavam apertados pelas mãos dele, doendo a ponto de ela franzir a testa.

A força dele era demais, sem qualquer noção de medida.

Foi então que o telefone dela tocou, era Su Hang ligando.

Ela empurrou Tiago Rezende e, moderando o tom, atendeu.

"Su Hang."

"Gisel, vou te buscar à tarde. Tenho algo para discutir com você."

"Está bem, às quatro. Venha me buscar na entrada da escola."

Suas bochechas estavam um pouco vermelhas, não por vergonha, mas pela irritação causada por Tiago Rezende.

Su Hang percebeu a mudança no humor dela e perguntou suavemente: "O que houve? Algum problema na turma?"