Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 216

Rafael Souza tava se sentindo um forno, até desabotoou uns botões da camisa, mas nem assim deu uma aliviada.

Era um calor conhecido, que até fazia a cicatriz nas costas arder.

A lembrança do chá que ele tinha tomado com o Vovô Souza fez uma veia saltar na testa dele, e o corpo todo parecia pegar fogo.

Ele se levantou e foi pro banheiro, abriu a torneira e jogou água fria no rosto.

Mas o abafado não passava.

Quando olhou no espelho, sentiu um cheiro familiar, que não era desagradável, e diferente do perfume daquela mulher do hotel.

O Rafael tinha lá suas manias de limpeza, não dividia banheiro com ninguém, achava uma nojeira.

Só que agora ele não sentia desconforto algum, só um calor que não parava de aumentar.

O golpe do avô dessa vez foi baixo, devia ser por causa daquela lição de moral que ele tinha dado, e ninguém mais acreditava que ele e a Patrícia Ribeiro iam se acertar. Ainda mais com aquele telefonema que ele recebeu e que o fez vir parar em Serralvorada.

Rafael passou a mão na testa e olhou as coisas em cima da pia.

Só tinha um sabonete líquido básico.

O banheiro tava um brinco, sem uma gota d'água fora do lugar.

Rafael abaixou os cílios e saiu do banheiro, viu a Patrícia encolhida na cama e soltou um riso irônico, antes de se jogar de novo no sofá.

Ele não ia nem chegar perto daquela cama.

Mas o calor tava demais, principalmente com aquele cheiro no ar, que só fazia tudo piorar.

"Que incenso é esse que você botou aqui dentro?", ele perguntou, franzindo a testa e com a voz rouca.

Patrícia se irritou toda, e pergunto: "Incenso?"

Ela detestava aquilo e nunca usava.

Encolhida debaixo do cobertor, só torcia pra ele não vir levantar a coberta.

Mas o Rafael só fez a pergunta, nem queria papo.

Fechou os olhos, tentando se livrar do mal-estar.

Só que o calor subiu pra cabeça, junto com a dor ardida nas costas, e a visão começou a embaciar.

Depois de um tempo.

A Patrícia esticou a mão e apagou a luz, saindo debaixo do cobertor pra procurar a sombra do Rafael.

Ele tava jogado no sofá, com a camisa aberta, e um pouco reclinado pra trás.

Patrícia lembrou da ferida nas costas dele, que mesmo com remédio, não ia sarar tão cedo.

Ele ficou lá, quietão, e ela preocupada se a cicatriz tinha piorado.

"Presidente Souza?", ela chamou.