Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 227

Quando Patrícia Ribeiro chegou, ela tinha vindo no carro de Rafael Souza e, agora que ele parecia não aparecer, ela não fazia ideia de como iria voltar para casa mais tarde.

Com essa preocupação na cabeça, ela assentiu rapidamente quando ouviu a sugestão, dizendo "Beleza".

Catarina Mello, ao ver Patrícia e Rafael conversando tão à vontade e tão próximos, não perdeu tempo e se enfiou entre os dois, dando um chega pra lá em Patrícia.

Sem alternativa, Patrícia deu um passo para o lado.

Catarina levantou o queixo orgulhosamente e arrancou da mão de Rafael o desenho que ele segurava.

"Na real, é bem mais ou menos, né? Se fosse na minha faculdade de artes, não ia ser grande coisa. Não sei o que deu no professor hoje pra dar nota máxima."

Ela não estava sendo nada educada, e até desmereceu o trabalho de Patrícia na frente dela.

Como Patrícia ainda dependia da família Mello e precisava de um favor, ela optou por ignorar a grosseria de Catarina, tratando-a como a princesinha mimada que fala o que vem à cabeça.

Nesse clima de tensão silenciosa, Rafael pegou o desenho de volta e disse para Catarina:

"A Penny é sua veterana."

Essa revelação deixou Catarina desconcertada; ela nem imaginava que aquela mulher também tinha estudado na Faculdade de Artes da UCapital.

O sorriso congelou no rosto de Catarina, e ela ficou visivelmente aborrecida.

"Rafael Souza, qual é a sua? Faz três anos que a gente não se vê e você vem defender uma forasteira?"

Ela fez beicinho e balançou o braço dele, manhosa.

A expressão de Rafael, por outro lado, permaneceu inalterada, com uma sobrancelha levemente erguida e um ar de desinteresse, como se não quisesse realmente brigar com Catarina.

Daniel Mello, assistindo a tudo aquilo, soltou um riso resignado: "Essa menina nunca teve um pingo de educação. Assim vai acabar se dando mal. Ainda bem que você já é casado, Rafael, senão ela ia grudar em você e te dar um trabalhão."

"Ah, que é isso? O casamento do Rafael não faz a menor diferença. Se ele gostasse mesmo da mulher, não teria ficado três anos longe. Se aquela lá tivesse noção, já tinha pedido o divórcio. Não adianta ficar ocupando o banheiro se não vai fazer nada."

Patrícia ouviu o comentário e seu sorriso se esticou, não de raiva, mas de divertimento.

Quem seria o banheiro, e quem seria o... bem, você sabe.

Catarina pareceu perceber que falou demais e perdeu o fôlego: "Ah, deixa pra lá. Rafael Souza, você fica pra jantar com a gente hoje, tá?"

Rafael Souza ergueu a mão, querendo pegar um copo d'água para beber, e Patrícia Ribeiro também estava de olho na água.

Quando Catarina Mello colocou os copos na mesa, estava com a cara fechada. Era para ter posto um de cada lado, para quem estivesse à esquerda pegar o da esquerda e quem estivesse à direita pegar o da direita.

Mas Catarina Mello tinha birra com Patrícia Ribeiro, então colocou os copos um na frente do outro.

Naquele instante, Rafael Souza e Patrícia Ribeiro esticaram a mão ao mesmo tempo, e os dedos tocaram o mesmo copo.

Em poucos dias, essa já era a segunda vez que acontecia algo assim.

Quando os dedos se tocaram, os dois se surpreenderam ao mesmo tempo.

As mãos de Rafael Souza, finas e elegantes, recuaram quase instantaneamente, e ele franziu a testa.

Patrícia Ribeiro também sentiu a situação estranha e apressou-se em falar: "Presidente Souza, fique à vontade."

Catarina Mello estava sentada no sofá em frente a eles e, ao testemunhar a cena, quase saiu pulando de raiva.

Não sabia se era coisa da sua cabeça, mas o clima entre aqueles dois era esquisito demais. Mesmo estando ali presente, sentia como se não conseguisse entrar na conversa.