Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 234

Patrícia Ribeiro sorriu levemente, acenando com a cabeça em compreensão: "Tá bom, então. Até mais."

Mal terminou de falar, ela se virou e partiu rapidamente.

Rafael Souza ficou parado, observando-a se afastar. Ele assistiu por uns segundos até que Catarina Mello o puxou.

"Rafael Souza, o que você está olhando aí?"

Ele não respondeu, apenas virou-se e caminhou com passos largos em direção ao Hotel Corenciano.

Quando Patrícia Ribeiro chegou de táxi na frente da casa de José, viu que já tinha uma rodinha de gente por lá, incluindo vizinhos, todos cochichando sobre a família Pereira.

A porta da família Pereira estava fechada, com José e Helena Mendes lá dentro, sem dar as caras.

Na rua, uns caras encorpados se revezavam com paus e barras de ferro, parecendo ser os tais que a tia tinha falado que iam barrar a entrada.

Patrícia Ribeiro se aproximou de um dos homens, que girava uma barra de ferro nas mãos. Ele era um brutamontes, com músculos saltados nos braços, como se estivesse pronto para explodir a qualquer momento.

"Oi, tudo bem? O que o Rodrigo Pereira fez para merecer isso? Por que tão barrando a família dele aqui?"

O homem, surpreso com a abordagem inesperada da moça tão delicada, respondeu.

"O covarde aí meteu a porrada no filho do chefe, o moleque teve que levar mais de vinte pontos na cabeça. O chefe mandou a gente vir aqui acertar as contas, mas a família inteira está aí encolhida dentro de casa, um bando de frouxos. Por isso que o filho também não presta."

Patrícia Ribeiro não considerava o tio e a tia uns frouxos, mas sabia que eles davam um valor exagerado ao filho, ao ponto de perderem os limites.

Porém, não tinha jeito, essa era a tradição da Vila Galina, onde filho era tudo, era o seguro de velhice.

Mesmo que o filho fizesse a maior burrada, continuava sendo o xodó deles.

As expectativas em relação aos filhos homens eram bem baixas por lá, bastava casar com uma boa moça. Já as filhas, essas sim, sofriam com exigências demais.

Patrícia Ribeiro deu um leve sorriso para o homem, mantendo a calma no rosto.

"Vamos evitar confusão, eu chamo eles aqui pra fora e a gente resolve tudo cara a cara, pode ser? O chefe só mandou vocês pedirem explicação, não mandou partir pra violência, né?"

"Merda! Fui eu mesmo que dei a tijolada, e daí? Aquela dupla de traidores merecia morrer, acho até que peguei leve!"

Os homens que estavam do lado de fora escutaram e avançaram com as barras de ferro em punho.

"Moleque insolente, você só aprende do jeito difícil, né?"

Rodrigo Pereira viu a cara da galera e se borrou todo, se encolheu atrás da Patrícia Ribeiro, segurando nela com força e se escondendo.

Patrícia Ribeiro não segurou o riso irônico e falou:

"Não tava todo valentão agora há pouco? Fez o cara levar mais de vinte pontos, isso aí não é tentativa de homicídio não? Se ele quiser pegar pesado, cê está frito, pode ir em cana."

Ouvindo falar em cadeia, José e Helena Mendes entraram em desespero.

"Patrícia, foi sem querer, seu primo não fez por mal. A gente pode conversar e acertar isso aí, a grana a gente cobre, não importa quanto custa."

Essa moleza toda com o filho foi que fez o Rodrigo Pereira chegar onde chegou.