Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 245

Era três da manhã quando Patrícia Ribeiro foi acordada por uma ligação do hospital. Disseram ela que Lucas Ribeiro tinha caído da escada e estava em estado crítico.

O cansaço desapareceu num piscar de olhos, e ela vestiu o casaco às pressas, com o rosto todo pálido.

Ela já conhecia o hospital e também tinha contato com o médico responsável, por isso que ligaram para ela de repente.

Ao chegar no hospital, encontrou Estela Cruz sentada sozinha no corredor, aparentemente sem preocupação.

Seria uma ilusão?

O olhar de Estela se estreitou ao ver Patrícia.

Por que diabos Patrícia estava ali?

Aproximando-se com frieza, Patrícia perguntou: "Não foi você quem levou ele para o hospital antes de eu ir à Aldeia Galina? Você sabia do câncer no fígado dele, por que deixou que ele voltasse para casa tão cedo?"

Estela se atrapalhou, mas, lembrando das palavras de Cesar, tentou se recompor.

"Você está me questionando? Não vê o quanto seu pai se sacrificou por esta família? Se não fosse porque a família Souza bloquiou o projeto, ele estaria assim? A culpa é sua por não cuidar direito do Rafael Souza! Por causa de problemas na empresa, seu pai se recusou a ficar internado e voltou escondido. Eu tinha dado folga aos empregados, ninguém viu ele chegar. Quando encontrei ele, já havia sangue por todo o lado. Se eu tivesse demorado mais, ele teria morrido!"

Estela olhou para Patrícia com desprezo.

"E ainda tem a cara de pau de vir aqui me enfrentar!"

Patrícia ficou em silêncio, sentando-se calmamente ao lado.

Estela, com os dedos tremendo discretamente, se perguntava como Patrícia tinha chegado tão rápido.

Ela planejavaarrancar o tubo de oxigênio caso Lucas sobrevivesse, para acabar com os problemas de uma vez.

Patrícia, de olhos fechados, só esperava que a porta da sala de emergência abrisse logo.

Apesar dos desentendimentos com Lucas, ele era seu pai, o homem que havia criado ela.

Se não fosse por Estela, a relação deles teria sido boa.

Os olhos de Patrícia estavam vermelhos, mas ela segurava as lágrimas.

Estela observava Patrícia, e ao perceber que ela não suspeitava de nada, respirou aliviada.

"Lucas, você não pode sobreviver", ela pensou. "Senão, eu e Cesar estamos arruinados. E meu filho também."

A luta pela vida de Lucas se estendeu até as sete da manhã do dia seguinte, quando, finalmente, o sinal vermelho se apagou, e ele foi levado dali.

Estela se levantou rapidamente, perguntando com a voz trêmula: "Como está meu marido? Vocês fizeram tudo que podiam, não é?"

"Senhora Cruz, seu marido foi estabilizado, mas precisará ficar na UTI por alguns dias. Se ele não resistir, então..."

A frase ficou no ar, mas todos entenderam.

Estela quase desmaiou, suas pernas fraquejaram, e uma enfermeira amparou ela.

"Senhora Cruz, sabemos que é um momento difícil, mas, por favor, seja forte."

Patrícia viu a reação de Estela e pensou que ela realmente estava devastada com a situação.

Estela Cruz estava desesperada, o último pingo de cor que tinha no rosto desapareceu.

"Vocês têm que salvar meu marido, por favor, a gente paga o que for."

Levaram Estela Cruz para descansar em outro quarto, enquanto Lucas Ribeiro era levado às pressas para a UTI.

Patrícia Ribeiro ficou plantada do lado de fora da UTI, sem piscar os olhos.

Uma enfermeira notou suas bochechas vermelhas e tocou sua testa.

"Senhorita Ribeiro, você está com febre, senta um pouco aí, vou pegar um remédio pra baixar isso."

Patrícia abaixou a cabeça e revirou a bolsa até encontrar o medicamento, "Obrigada, só preciso de um copo d'água."

A enfermeira correu para buscar água morna.

"De verdade, ficar aqui não vai ajudar em nada, melhor você descansar um pouco, qualquer coisa a gente te avisa."

Patrícia realmente estava tonta, mas também estava muito preocupada com o pai. Acabou procurando um hotel próximo ao hospital, mas o mais perto ficava a alguns quilômetros dali, era aquele em que Rafael Souza tinha reservado um quarto.