Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 284

Naquele momento, os três já haviam chegado no segundo andar, e o médico que guiava Patrícia Ribeiro apontou para um sofá ao lado.

"A sala de cirurgia do Zezé fica logo ali, pode ficar à vontade esperando aqui."

Assim que terminou de falar, o médico virou para Renata Andrade.

"Senhorita Andrade, o gatinho levará uns vinte minutos para ser atendido, você e seu... seu..."

O médico hesitou por um instante, sem saber o que dizer, mas Renata Andrade viu ali a sua chance e ergueu o queixo.

"Namorado."

O médico deu um sorriso leve.

"Vocês dois podem esperar no sofá da outra sala, por favor, venham comigo, vamos tentar ser rápidos."

Quando Renata Andrade mencionou "namorado", Rafael Souza olhou para Patrícia Ribeiro.

Mas Patrícia Ribeiro estava ansiosa, olhando fixamente para a sala onde Zezé estava sendo operado, como se não tivesse percebido nada.

Ele baixou levemente os cílios, enquanto era conduzido por Renata Andrade para a outra sala.

Ao ver que não havia nenhuma interação entre os dois, Renata Andrade suspirou aliviada.

Sentados na sala, continuaram a conversar.

"Você notou aquelas marcas no pescoço da Penny? Ela costumava aparecer assim no trabalho antes?"

O que ela queria dizer era que uma mulher vivia nesses encontros, não era para você.

Rafael Souza não respondeu, apenas encostou um pouco na cadeira.

"Rafael, estou falando com você."

Renata Andrade falou com um tom meio manhoso, "Ela costuma aparecer com marcas de beijo no trabalho?"

Rafael Souza se lembrou da primeira noite.

Tinha mais marcas desta vez.

"Só uma vez."

Ele falou sem interesse, como se aquele assunto não era da conta dele.

Mas para Renata Andrade, isso significava o desinteresse dele por Patrícia Ribeiro.

Ela ficou aliviada, mas logo em seguida, ficou insegura de novo. Será que aquelas duas mechas de cabelo não eram da esposa de Rafael Souza?

"Rafael, seu avô deve estar ansioso pra vocês terem um filho, você e ela..."

Afinal, Rafael Souza ainda estava por perto, e isso poderia fazer ele pensar que ela era uma pessoa autoritária.

Foi então que Rafael Souza levantou, dizendo que ia ao banheiro.

Os banheiros do hospital eram separados por gênero, mas ficavam a apenas um metro e vinte de distância um do outro, com as pias ao centro, compartilhando uma torneira.

Patrícia Ribeiro saiu do banheiro e ficou ao lado da pia, passando um pouco de sabão nas mãos.

Com tantas bactérias em uma clínica veterinária, era preciso ter cuidado.

Ela tinha acabado de passar o sabonete líquido nas mãos, quando um cara saiu do banheiro masculino e parou pertinho dela. Ele se inclinou levemente e também passou sabonete nas mãos.

Patrícia Ribeiro percebeu que eram umas mãos muito bonitas.

Seu coração deu um pulo e ela levantou a cabeça para se olhar no espelho, e lá estava Rafael Souza.

Ele tinha uma aura táo séria que dava medo, um ar gelado que, sob aquela luz fria, fazia sua pele parecer porcelana, seus cabelos negros como a tinta, sobrancelhas densas e lábios vermelhos vivos, fazendo parecer que o ambiente todo estava influenciado com sua presença.

Patrícia Ribeiro se apressou em passar o sabonete entre cada dedo e estava prestes a colocar as mãos embaixo da torneira, quando a mão de Rafael Souza já estava lá.

Assim, a água que caía escorregava por entre seus dedos, e a espuma, seguindo o rastro da água, acabou caindo direto nas mãos dela.

A água estava fria, mas as palmas de suas mãos pareciam estar pegando fogo.