Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 290

Rafael Souza ainda estava meio febril naquele dia, mas as manchas vermelhas pelo corpo já tinham sumido.

Ele estava com uma cara de quem comeu e não gostou, enquanto Karen Barros ficava ali do lado, esperando que ele desse alguma resposta.

Mas Rafael Souza não disse nada, apenas seguiu seu caminho e entrou no elevador.

Karen Barros ficou meio sem jeito e correu de volta pro seu posto de trabalho.

Dentro do elevador, Rui notou que as bochechas de Rafael Souza ainda estavam vermelhas por causa da febre e logo perguntou:

"Patrão, não quer voltar pra casa e descansar mais um pouco?"

Rafael Souza tinha passado a noite em claro por conta da febre e, naquele momento, parecia bem cansado. Ele levou a mão à testa, massageando-a, e acabou cedendo.

"Se a Penny me ligar, resolve você a parada lá da Vila Rosa."

A reunião ia ser longa e Rui não ia participar, ficaria de fora esperando.

Rafael Souza deixaria o celular fora do escritório e, mesmo se levasse o celular pra reunião, estaria no silencioso. Afinal, aquele encontro sobre a aquisição internacional era de suma importância.

Negócios da família Souza eram assim, sempre entre uma compra e outra.

Rui já tinha sacado que o chefe tinha um quê especial pela senhorita Penny.

Embora fosse algo bem sutil.

"Sim."

Rafael Souza concordou, deixou o celular no escritório e foi com os executivos pra sala de reunião.

Mas, assim que se sentou, sua mente voltou para o vídeo que tinha visto outro dia, onde uma mulher fazia confusão, enquanto Patrícia Ribeiro dizia que era só vizinho fazendo reforma.

Um sorriso irônico cruzou seu olhar.

Era cada coisa que ele ouvia.

Patrícia Ribeiro não tinha ido embora direto da Vila Rosa, e sim foi até o prédio onde Flora Monteiro morava.

Ela já tinha dado um papo reto com o segurança do térreo e tava por dentro do rolê.

Flora Monteiro tinha um KTV e nadava na grana, e seu marido tava em casa naquele dia.

Patrícia Ribeiro bateu na porta e quem atendeu foi um cara de meia-idade, com uma pinta meio sinistra, não passava uma boa vibe.

"Oi, o senhor é o marido da Flora Monteiro?"

O cara confirmou com a cabeça e olhou para ela de cima a baixo, com um risinho escroto.

"Você é a nova aquisição da Flora Monteiro? Já começou a trabalhar? É novinha?"

Patrícia Ribeiro franziu a testa e deu um passo pra trás.

O cara avançou com passos largos, parecendo ansioso.

"Entra logo, resolvo isso em dez minutos e não te atrapalho pra ir trabalhar."

Patrícia Ribeiro quase caiu na gargalhada com a audácia daquele homem. Pensou que o marido da Flora Monteiro pudesse dar um jeito nela, mas o cara era mais sem noção que a própria Flora Monteiro.

Não era à toa que ela se engraçava com outros homens na cara dura.

Duas horas depois, a polícia chegou na Vila Rosa e foi direto para a casa de Flora Monteiro.

O parceiro dela, sabendo que tinha vazado informação e que não havia conseguido capturar Patrícia Ribeiro, já tinha dado no pé.

Flora Monteiro foi algemada com rosto todo pálido e sem essa arrogância de sempre.

Quando a polícia invadiu seu KTV, pegou homens e mulheres no ato da negociação e ela não teve como negar.

Flora Monteiro foi levada para a delegacia, ainda sem entender como seu negócio de tanto tempo foi por água abaixo.

Mas ela jamais iria saber.

Quando Patrícia Ribeiro voltou do hospital para a Vila Rosa, tudo o que ouviu foi os cochichos sobre o caso de Flora Monteiro.

Ela chamou a faxineira para limpar o lixo da sua porta e entrou no grupo dos moradores.

Explicou a treta toda com Flora Monteiro.

Esclarecer tudo naquele momento era o melhor a fazer, até porque Flora Monteiro estava atrás das grades e a história do KTV já tinha se espalhado pelo condomínio.

“Ela veio se vingar de mim porque denunciei o KTV dela, jogou lixo na minha porta e espalhou boatos sobre minha vida pessoal. Sou formada pela Universidade Capital, trabalho direito, espero que essas fofocas todas acabem.”

A Universidade Capital é referência nacional, o sonho de consumo de todo estudante.

Entre uma presidiária e uma graduada da Universidade Capital, não tinha dúvida em quem acreditar.

Karen Barros viu o grupo dos moradores mudar seu desprezo para elogios e quase teve um troço de raiva.