Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 297

O Vô Souza falou e logo em seguida segurou o peito com dor.

O Rafael Souza parou de repente e correu para amparar seu avô.

"Calma, vô, vou ligar pra ela agora mesmo."

Ele acomodou o Vô Souza no sofá e recebeu um olhar fulminante do velho.

"Não pense que eu não sei por que você se engraçou com a Renata Andrade, foi só por causa do rolo do seu irmão."

Rafael Souza não respondeu, apenas continuou batendo nas costas do avô.

"E aí, vô, está melhorando?"

O Avô Souza respirou fundo.

"Se você quer me fazer um bem de verdade, não me venha com essas gracinhas. A Patrícia é a nora que eu escolhi a dedo pra você. Se você se der o trabalho de conhecer ela, vai ver que ela é uma boa menina."

Rafael Souza continuou em silêncio, ele não estava nem aí para o quanto a Patrícia Ribeiro poderia ser maravilhosa.

Depois de um tempo, o Vô Souza se sentiu melhor e afastou a mão do neto.

"Liga pra Patrícia. Se eu souber de mais alguma palhaçada sua, você vai ver só como eu te arrumo!"

Rafael Souza não teve escolha, se fosse outra coisa ameaçando, como o posto de herdeiro da família Souza ou a presidência da empresa, ele não ligaria.

Mas o Vô Souza jogava baixo, usando a própria saúde.

Ele pegou o celular, procurou o número que estava sem uso e ligou.

Era o celular particular da Patrícia Ribeiro.

Naquele momento, a Patrícia já estava deitada em Vila Rosa, exausta. A confusão com a Flora Monteiro tinha acabado, e ela finalmente poderia descansar.

Ouvindo o toque do telefone, ela franziu a testa, pensando que era a Renata Andrade querendo encher o saco, já que ela nem tinha pegado o telefone.

Sem olhar, Patrícia desligou o celular e se desligou do mundo, se cobrindo e procurando ter uma noite de paz.

Rafael Souza teve a ligação cortada e viu o Vô Souza com uma cara ainda mais fechada.

"Vai lá pra frente de Serralvorada e fica de joelhos!"

O tom do Vô Souza era gélido. Rafael Souza passou a mão na testa, sentindo febre, e quando estava prestes a obedecer, ouviu Maria Monteiro intervir:

Ridículo.

Naquele momento, o salão estava uma calmaria, e Maria Monteiro se apressou em servir um copo de água morna.

"Senhor, por favor, beba."

Rafael Souza estava lá, jogado no sofá, e a Maria não tinha coragem de encarar ele diretamente, espiando apenas com ponta de olho. Contudo, tinha que admitir que o homem era um espetáculo, um verdadeiro colírio para os olhos.

Chamar ele de um pedaço de mal caminho não era exagero nenhum. Aquele olhar de lado e sorriso discreto era de fazer qualquer um enlouquecer, não era à toa que uma mulher como Renata Andrade se desdobrava para ser a outra na vida dele.

Maria ficou ali parada, matutando, e acabou não se aguentando, sentiu a necessidade de botar uma boa palavra pela Patrícia Ribeiro.

"Senhorita Ribeiro é uma pessoa que vive na sua, e no Serralvorada é de pouca conversa. Esses dias ela está pegando pesado no trampo, então..."

Nem terminou de falar e já foi cortada por ele, num tom gelado.

"Não tenho interesse nas coisas dela."

Maria se calou na hora, sem entender como a senhorita Ribeiro, tão bacana, não fazia o tipo do senhor.