Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 315

Patrícia Ribeiro ficou paralisada, sem saber direito o que ele tinha dito.

Era algo sobre a casa? Ou seria a confusão com Marina Andrade?

Seu olhar pousou em Renata Andrade, que agora estava ali, trazida por Rafael Souza. Parecia que o assunto era mesmo sobre Marina Andrade.

"Presidente Souza, não tenho muito o que pensar. A senhorita Marina Andrade já pediu desculpas, e não sou de guardar rancor, até porque ela realmente foi a vítima."

Mal terminou de falar, Patrícia sentiu a atmosfera em torno de Rafael Souza pesar.

"E além disso?" Ele a encarou com frieza. "Não tem mais nada?"

"O que o senhor gostaria de fazer então? Marina Andrade realmente deveria se desculpar comigo. Se não fosse minha sorte hoje, eu teria levado a culpa. Mesmo que o senhor tenha um fraco pela prima dela, não se pode confundir as coisas."

Patrícia falou com tanta seriedade que até Renata Andrade sentiu que Rafael Souza queria defender.

Entendi.

Ela rapidamente se aconchegou a Rafael Souza, com um sorriso nos lábios.

"Rafael, realmente Marina errou, e isso já foi esclarecido. Não precisa ser tão duro com a Penny."

Rafael Souza não respondeu, apenas continuou a olhar para Patrícia com seus olhos escuros.

Patrícia sentia-se inquieta sobre aquele olhar. Se Rafael Souza decidisse a confrontar, ela não teria como continuar na Cidade Capital.

Mas ela manteve o olhar firme nele.

Naquela situação, ela não achava que estava errada.

Depois de um tempo, Rafael estendeu a mão e colocou o leite que tinha chegado, ao lado de Renata Andrade.

Os olhos de Renata brilharam. "Pensei que fosse para a Penny."

"Está um pouco quente, só isso. Deixa esfriar."

Ele falou com indiferença, baixando os olhos.

Patrícia mal conseguia saborear o jantar, forçou-se a comer metade e já queria ir embora, mas tinha ido até lá de carona com Rafael Souza.

Valentina Souza entrou em cena, percebendo que Patrícia queria ir embora, tomou a iniciativa.

"Primo, quando você vai? Penny pode ir connosco."

Rafael Souza, que também tinha terminado, respondeu ainda mais frio.

"Deixe que ela vá sozinha."

Bem na hora, Miguel Carvalho e outros filhinhos de papai estavam de papo pro ar, na mesa do lado.

"Não dá pra confiar nem no que um homem diz na cama, nem no que uma mulher diz. Uns dias atrás, ela tava lá, aos prantos de prazer me chamando de 'meu homem', e agora que se pendurou em outro, eu virei 'aquele cara'."

O autor dessas palavras também era um playboy, e Miguel Carvalho aproveitou para dar seu papo.

"Melhor isso do que rolar da cama e fingir que não conhece, nê? Mulher quando quer ser canalha não fica atrás de homem, porque a gente só fala mal não é mesmo?"

Mal acabou de falar, e do lado veio o som de uma taça sendo esmagada.

Eduardo Nunes, sentado de frente para Rafael Souza, levou um susto ao ver o sangue nos dedos dele.

"Rafael, o que aconteceu...?"

Com o rosto fechado, Rafael olhou para a palma da mão. Ele até tinha pensado na reunião que, se ela quisesse casamento, ele não veria problema em aceitar.

Achou que poderia enrolar mais um tempo com aquela fachada em casa, afinal, a saúde do avô realmente não estava boa.

Mas se fosse a Penny a pedir, ele poderia acelerar o divórcio. Bastava ela querer.

Só que, claramente, o termo 'amor' da noite passada não era para ele. Ela talvez o tivesse confundido com o Sérgio Coutinho, não?