Reconquistando a Ex-Esposa: Paixão e Poder romance Capítulo 322

Estela Cruz também não tinha lá muita simpatia pelo casal de velhos, sentia até uma repugnância, pensando como duas pessoas tão simples e do interior poderiam adentrar o clã dos Ribeiro.

Assim que puseram os pés na mansão, a cobiça brilhou nos olhos dos dois anciãos, evidenciando o interesse pela propriedade.

Mas, só para contrariar Patrícia Ribeiro, Estela Cruz se viu obrigada a ceder aos pedidos do casal.

"Mãe, você está certíssima, quanto ainda falta pro meu irmão quitar o financiamento da casa dele?"

"Duas milhões e setecentos mil, trinta mil por mês. O cara já está quase nos cinquenta, a firma dele está demitindo, se ele perder o emprego, a hipoteca não poderá ser paga. Como cunhados, vocês têm que ajudar com uns três milhões pra ele quitar de uma vez."

Estela Cruz deu uma risadinha e sacou um cartão.

"Tem três milhões nesse cartão, deve dar pro que ele precisa."

Os olhos de Lisa Ribeiro brilharam, não esperava que essa mulher fosse tão mão-aberta.

Ela pegou o cartão rapidinho e lançou um olhar de desprezo para Patrícia Ribeiro.

Patrícia Ribeiro, ali parada no meio do salão, não tinha como impedir nada daquilo.

Afinal, Estela Cruz era a esposa oficial do papai, amparada até pela lei, e ainda segurava dez por cento das ações dos Ribeiro. Ela queria desembolsar três milhões, e Patrícia não tinha como barrar.

Lisa Ribeiro, com o dinheiro em mãos, não cabia em si de alegria, mas logo sentiu um remorso.

Se soubesse que a mulher liberava a grana tão fácil, teria pedido cinco milhões.

Naquele instante, ela percebeu o quanto a família de Lucas era endinheirada; três milhões saíram sem nem pensar demais.

Pensando que Estela Cruz havia dado à luz uma filha inútil, Lisa Ribeiro teve uma ideia: por que não adotar o filho mais novo do caçula e trazer toda a família do irmão para a mansão?

Assim, todos viveriam dias melhores, não é mesmo?

Lisa Ribeiro fez suas contas, mas precisava conversar com o caçula antes de qualquer coisa.

O tal de Tomás Ribeiro provavelmente estaria no trampo naquele momento.

Ela trocou um olhar com Henrique Ribeiro, por enquanto satisfeitos com os três milhões.

Ali, no meio dos Ribeiro, ela sentia claramente que era uma estranha no ninho.

Ela não tinha nenhuma participação nas mãos, os dez por cento das ações que sua mãe deixara foram temporariamente transferidos para Estela Cruz pelo seu pai.

Patrícia Ribeiro agarrou a bolsa que estava ao lado e ouviu Estela Cruz se pronunciar.

"Seus avós vão voltar amanhã e, se eles continuarem me pedindo dinheiro ou quiserem tirar mais alguma coisa da família Ribeiro e eu não tiver coragem de impedir, Patrícia, vou precisar da sua ajuda. Você tem que dar um pulo aqui mais vezes, viu?"

Patrícia Ribeiro forçou um sorriso irônico. "Isso não parece coisa da tia Estela."

"Afinal, são os mais velhos, né?"

Patrícia estava prestes a sair, mas assim que entrou no seu carro, percebeu que havia alguém no banco de trás.

Antes que pudesse reagir, o intruso pressionou um lenço contra o seu nariz.

Um cheiro forte invadiu seus sentidos e, em um instante, tudo ao seu redor se tornou um borrão.